O ex-governador de São Paulo João Doria, candidato a presidente da República pelo PSDB – partido do ex-Presidente FHC – não consegue sair do quarto lugar nas sondagens, junto com mais dois outros candidatos inexpressivos. Não tem o perfil do candidato a uma eleição majoritária, tendo sido eleito prefeito de São Paulo ajudado pela administração desastrada do PT e de Fernando Haddad, que depois foi candidato a presidente, derrotado por Bolsonaro.
Depois, na eleição a governador, Doria aproveitou a onda Bolsonaro e se elegeu. Brigou com Bolsonaro e, embora tenha feito um governo acima da média, não logrou popularidade. Não soube se cercar de políticos experientes. Ao insistir na candidatura, na verdade, ajudará a Lula e a Bolsonaro, pois seus dois ou três por cento poderiam ajudar a uma candidatura alternativa aos dois se consolidar. O grupo político ligado ao PSDB possui forte penetração no empresariado e na media não radical de esquerda.
Hoje, ele está tendo dificuldades até para encontrar um nome que aceite ser seu vice. Coisas da política. Os meios políticos começam a desistir do surgimento de uma candidatura de união para competir com Lula e Bolsonaro. O MDB, que tem a senadora Simone Tebet como pré-candidata, tem maioria preferindo ficar com Bolsonaro. Bolsonaro deve anunciar o general Braga Neto como seu vice. Os políticos não gostam, mas aceitam.
VARIEDADES
• O Brasil conseguiu entrar no clube dos dez maiores produtores de maçã do mundo. E até já exporta suco da fruta. O setor já movimenta mais de um mil milhões de euros por ano e a produção chega ao Nordeste, com perspetivas positivas no Ceará e na Bahia, em terras altas.
• Domingo passado foi o ‘Dia das Mães’, depois do Natal, o grande evento para o comércio. O movimento foi 20% superior ao ano passado.
• A indústria automotiva articula projeto de fabricação de componentes eletrónicos, como semicondutores, no país. A falta de peças parou mais de uma montadora esta semana. Aliás, o Brasil já foi o quarto produtor mundial de veículos e hoje é o oitavo. Impostos, burocracia culpados.
• As reservas para a Copa do Mundo, este ano, em novembro, começam a esquentar. A previsão do setor é de 20 mil brasileiros viajando para o Golfo.
• O trabalho presencial no governo da União, com mais de um milhão de funcionários, volta dia 6 de junho. E a quarta dose da vacina já está sendo aplicada aos maiores de 70 anos.
• O jornal Correio da Manhã, que estava apenas em edição virtual, retomou a versão impressa nos finais de semana. O jornal tem presença nacional, mas especial relevância política no Rio de Janeiro.
• Bolsonaro não irá à reunião de Davos, mandando em seu lugar o ministro Paulo Guedes, da Economia. Mas os diplomatas estão mobilizados para obter um encontro do Presidente com o seu colega americano, Joe Biden, antes de julho.
• Violência volta a preocupar no Rio e em São Paulo. As cobranças de supostos exageros dos policiais, pelas esquerdas, inibem a ação contra os bandidos. Mas o governador de São Paulo autorizou que o policial responda aos marginais armados com rigor.
• O embaixador de Portugal em Brasília, Luís Faro Ramos, publicou artigo no Correio Braziliense sobre o Dia da Língua Portuguesa. A embaixadora Gabriela Soares Albergaria assumiu o Consulado-Geral no Rio de Janeiro.
• A Vale, a mineradora brasileira, vai fornecer níquel de alta qualidade e pureza à Tesla. O mineral é importante para baterias e sairá da unidade que a empresa possui no Canadá. a Petrobrás anunciou seu lucro no trimestre mais do dobro das demais petrolíferas mundiais.