As autoridade de saúde confirmaram, esta quarta-feira, que, só em maio, já foram identificados mais de 20 casos suspeitos de infeção pelo vírus varíola-dos-macacos, cinco dos quais já confirmados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.
Os casos, todos detetados na região de Lisboa e Vale do Tejo, dizem respeito a doentes na sua maioria jovens do sexo masculino.
DGS adianta que pacientes apresentam lesões ulcerativas, mas que a sua condição é estável.
“A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou o alerta e centraliza, nesta fase, todas as ações de deteção, avaliação, gestão e comunicação de risco relacionadas com estes casos, através do Centro de Emergências em Saúde Pública (CESP)”, lê-se no comunicado da DGS, divulgado esta quarta-feira.
Os profissionais de saúde, nomeadamente aos médicos e aos enfermeiros, já foram alertados ontem pela DGS para a situação, para estarem atentos e identificarem eventuais casos suspeitos e enviarem a devida notificação.
“Os indivíduos que apresentem lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, devem procurar aconselhamento clínico”, explica a DGS.
“Perante sintomas suspeitos, o indivíduo deverá abster-se de contactos físicos diretos. A abordagem clínica não requer tratamento específico, sendo a doença habitualmente autolimitada em semanas”, acrescenta a autoridade.
Sublinhe-se que a origem do aprecimento do vírus em Portugal terá sido o Reino Unido, que já tinha reportado casos semelhantes de lesões ulcerativas, com a confirmação de infeção pelo vírus monkeypox ou varíola dos macacos.
A autoridade de saúde informa ainda que “o vírus monkeypox é do género ortopoxvírus e a doença é transmissível através de contacto com animais ou ainda contacto próximo com pessoas infetadas ou com materiais contaminados. A doença é rara e, habitualmente, não se dissemina facilmente entre os seres humanos”.