A Polícia Judiciária (PJ), através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, constituiu 37 arguidos – 21 pessoas singulares e 16 pessoas coletivas – e apreendeu “vasta documentação e outros elementos de prova” numa operação denominada de Showroom, que está relacionada com crimes de fraude fiscal e desvio de fundos europeus.
De acordo com um comunicado da PJ divulgado esta segunda-feira, foi encetada uma operação, no âmbito de um inquérito que corre termos no DCIAP, que deu cumprimento a 54 mandados de busca, “em escritório de advogado, residências e escritórios de diversas sociedades” nas zonas de Aveiro, Beja, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Lisboa, Porto, Portalegre, Santarém e Setúbal.
“Estão em causa factos relacionados com projetos suscetíveis de cofinanciamento pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através dos apoios diretos à Internacionalização das PME, no âmbito do Portugal 2020, que envolvem incentivos superiores a 3 milhões de euros”, revela a autoridade judiciária.
Os factos sob investigação “são suscetíveis de consubstanciar os crimes de fraude na obtenção de Subsídio e fraude fiscal qualificada”, afirma a PJ.
Na operação Showroom, participaram “um Juiz de Instrução Criminal e seis Procuradores da República, cerca de duas centenas de investigadores e peritos da Polícia Judiciária, bem como elementos do Núcleo de Assessoria Técnica da PGR”, detalha em comunicado.
“A investigação prosseguirá os seus termos para apuramento integral da matéria indiciada”, nota a PJ.