Menina de 11 anos, sobrevivente do massacre no Texas, pede “segurança” ao Congresso dos EUA

O agressor, armado com uma espingarda semiautomática AR-15, baleou a professora de Miah Cerrillo na cabeça, dizendo-lhe “boa noite”. Depois, começou a disparar sobre os alunos e sobre o quadro branco.

Miah Cerrillo, de 11 anos, uma criança que sobreviveu ao massacre na escola primária no estado do Texas, nos Estados Unidos da América (EUA), pediu, esta quarta-feira, segurança ao Congresso.

Através de vídeo, a menina interveio numa Comissão da Câmara dos Representantes do Congresso dos EUA, onde estiveram presentes outras vítimas a testemunhar o ataque que voltou a abalar o mundo, em que morreram 19 alunos e duas professoras.

Miah Cerrillo, durante a sua intervenção, explicou que estava a ver um filme, com outros colegas, quando uma das suas professoras recebeu uma mensagem de correio eletrónico e se apressou a fechar à chave a porta da sala de aula em que se encontravam. Ao mesmo tempo, pedia aos alunos que se escondessem atrás das mochilas e da sua secretária.

O agressor, armado com uma espingarda semiautomática AR-15, baleou a professora de Miah Cerrillo na cabeça, dizendo-lhe "boa noite". Depois, começou a disparar sobre os alunos e sobre o quadro branco. "Quando fugi para junto das mochilas, ele disparou sobre o meu amigo que estava ao pé de mim. Pensei que ia voltar à sala, então cobri-me de sangue, espalhei-o sobre mim", relatou a menina.

Depois, deslocou-se até junto do corpo da professora, pegou no seu telemóvel e ligou para o número de emergências 911. "Disse-lhes que precisava de ajuda e que enviassem a polícia para aquela sala", recordou Miah Cerrillo.

Depois de ter sido questionada sobre o que queria agora, a menina foi clara: "Ter segurança". Quando o pai lhe perguntou se se sentia a salvo na escola, a resposta não foi surpreendente, tendo dito que não. "Não quero que volte a acontecer", confessou. 

O pai, Miguel Cerrillo, testemunhou pessoalmente perante a comissão e pediu aos congressistas que implementem mudanças. "Venho aqui porque poderia ter perdido a minha filha. E ela não já é a mesma menina pequena com quem eu costumava brincar e correr e tudo isso", afirmou.