Estão, oficialmente, de volta os grandes festivais de verão. Depois de dois anos de 'seca', devido à pandemia da covid-19, os festivaleiros puderam regressar ao seu habitat natural: os palcos, os pórticos, as frontlines e as intermináveis filas para comer algo, pedir uma cerveja ou ir à casa de banho. Ah, o mundo dos festivais de verão!
O NOS Primavera Sound tomou de assalto o Parque da Cidade do Porto, como de costume, onde estará até dia ao sábado, dia 11. E o primeiro dia foi só um 'cheirinho' do que aí vem. Nick Cave and The Bad Seeds, Tame Impala, Cigarettes After Sex, Mura Masa, Caroline Polachek e Sky Ferreira foram só alguns dos artistas que se destacaram ao longo deste primeiro dia, espalhados pelos vários palcos do festival.
Houve um pouco de tudo: desde as baladas de amor de Nick Cave, o homem que transpira emoção e sentimento, a um concerto… no mínimo caricato de Sky Ferreira. A artista norte-americana – que tem origens portuguesas – surgiu em palco com um ligeiro atraso, tocou seis músicas e, quando deu por ela, estava, literalmente, a ser expulsa do mesmo. "Ok, bye I guess" (Okay, adeus, suponho) exclamou a mesma, abandonando o palco, para surpresa dos seus fãs.
Já a grande surpresa da noite prendeu-se com o espetáculo de Caroline Polachek no Palco Binance, onde um pequeno grupo de fãs se reuniu para dançar e abanar o esqueleto ao som da etérea voz da norte-americana.
E, para fechar a noite – pelo menos nos palcos maiores – Tame Impala regressaram a Portugal para fazer aquilo que melhor sabem fazer: um espetáculo sonoro e visual tão peculiar que, se não soubessemos que era Kevin Parker o homem sobre o palco, entenderíamos logo tratar-se de obra sua. O cansaço nos festivaleiros já se fazia sentir, mas o encore com alguns dos seus maiores clássicos, como Let it Happen e New Person, Same Old Mistakes, reavivou a chama entre os milhares que ouviam atentamente.
A festa segue no palco Bits, e amanhã há mais: Beck, Pavement, Rina Sawayama e Slowdive vão preencher o segundo dia de festival.