A Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou, esta terça-feira, mais sete casos de varíola dos macacos em Portugal, aumentando para 304 o número total de infeções registadas, e confirmadas pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, no país.
Todos os casos, confirmados continuam a dizer respeito apenas a homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos.
A maioria das infeções foram notificadas, até à data, em Lisboa e Vale do Tejo, mas também há registo de casos nas regiões Norte e Algarve.
A DGS sublinha ainda que os casos identificados se "mantêm em acompanhamento clínico, encontrando-se estáveis".
Sublinhe-se que a DGS aconselha a quem tiver sintomas e sinais compatíveis com a doença, e sobretudo se tiver tido contacto próximo com alguém que possa eventualmente estar infetado, a entrar em contacto com centros de rastreio de infeções sexualmente transmissíveis, recorrer a serviços de urgência para aconselhamento e avaliação ou ligar para a Linha SNS 24 (808 24 24 24).
O contágio de uma pessoa para outra dá-se através de contacto físico próximo, incluindo contacto sexual. "Atualmente não se sabe se o vírus Monkeypox pode ser transmitido através de sémen ou fluidos vaginais, mas o contacto direto, pele com pele, com lesões em práticas sexuais pode transmiti-lo", alertou a DGS num documento sobre a doença, publicado no site.
A transmissão do vírus também pode ocorrer através vestuário pessoal, roupas de cama, atoalhados, objetos como talheres, pratos ou outros utensílios de uso pessoal contaminados.
Os sintomas mais comuns são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas. Estas lesões aparecem entre um a três dias após o início da febre e acabam por ulcerar e formar crostas que mais tarde secam e caem.