Uma mulher de 69 anos que não era viste há mais de 15 dias foi esta sexta-feira encontrada morta no anexo onde vivia em Azevedo, Caminha. De acordo com o presidente da câmara, o alerta foi dado às autoridades pelos serviços municipais.
Miguel Alves indicou à agência Lusa que uma funcionária da autarquia que mora na aldeia de Azevedo informou hoje os serviços de ação social da autarquia dos esforços que tinha desenvolvido para encontrar a mulher, mas sem sucesso. A mulher terá ainda questionado "outras pessoas da freguesia para saber do paradeiro da mulher, tema que já era motivo de conversa na aldeia".
"Após o alerta da colega, a técnica de ação social da câmara tentou contactar a senhora, ligou ao centro de saúde e à União de Freguesias de Venade e Azevedo, mas não conseguiu informações. Foi acionada a GNR, que acabou por encontrar a idosa, sem vida, no interior do anexo onde vivia", explicou o autarca, adiantando que a vítima, "solteira, não era acompanhada pelos serviços de ação social da câmara por recusar apoio".
"No passado chegou a ter apoio do Estado, através do Rendimento Social de Inserção, e da Câmara Municipal, que garantia alimentação e habitação. Ultimamente, não havia nenhum processo aberto para acompanhamento porque a senhora vivia num anexo e recusava o apoio que a câmara poderia dar em diversos níveis, nomeadamente, habitacional", sublinhou ainda Miguel Alves.
"Só hoje, através dos contactos efetuados pelos serviços de ação social, é que se ficou a saber que, na aldeia, as pessoas já não viam a senhora, umas há mais de 15 dias, outras há mais de um mês".
De acordo com fonte do Comando Territorial da GNR de Viana do Castelo, contactada pela agência Lusa, o pedido de abertura da porta foi realizado por volta das 10h20, para o Lugar da Igreja, na freguesia de Azevedo, não apresentando o corpo sinais de crime.