Foram registados mais 18 casos de Monkeypox em Portugal, anunciou, esta quarta-feira, a Direção-Geral da Saúde (DGS). No total, o país já contabiliza com 391 infeções.
Segundo a DGS, a maioria dos contágios foram notificados em Lisboa e Vale do Tejo, no entanto já foram reportados casos nas restantes regiões do continente e também na Região Autónoma da Madeira.
"Todas as infeções confirmadas são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos", informou o organismo, ao acrescentar que estes casos estão a ser acompanhados e estáveis.
"Uma pessoa que esteja doente deixa de estar infeciosa apenas após a cura completa e a queda de crostas das lesões dermatológicas, período que poderá, eventualmente, ultrapassar quatro semanas", avisa a DGS.
Ontem as autoridades de saúde da Madeira confirmaram o primeiro caso de infeção pelo vírus Monkeypox. De acordo com um comunicado, trata-se de um adulto, do sexo masculino, que esteve recentemente na região com mais infetados – Lisboa e Vale do Tejo.
Também foi confirmado esta terça-feira que Espanha recebeu as primeiras 5.300 doses de vacinas contra o vírus, sendo que Portugal, Alemanha e Bélgica serão os seguintes a receber, nos meses de julho e agosto, adiantou o Conselho Europeu.
Sublinhe-se que a DGS aconselha a quem tiver sintomas e sinais compatíveis com a doença, e sobretudo se tiver tido contacto próximo com alguém que possa eventualmente estar infetado, a entrar em contacto com centros de rastreio de infeções sexualmente transmissíveis, recorrer a serviços de urgência para aconselhamento e avaliação ou ligar para a Linha SNS 24 (808 24 24 24).
O contágio de uma pessoa para outra dá-se através de contacto físico próximo, incluindo contacto sexual. "Atualmente não se sabe se o vírus Monkeypox pode ser transmitido através de sémen ou fluidos vaginais, mas o contacto direto de pele com pele com lesões, em práticas sexuais pode transmiti-lo", alertou a DGS num documento sobre a doença, publicado no site.
A transmissão do vírus também pode ocorrer através vestuário pessoal, roupas de cama, atoalhados, objetos como talheres, pratos ou outros utensílios de uso pessoal contaminados.
Os sintomas mais comuns são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas. Estas lesões aparecem entre um a três dias após o início da febre e acabam por ulcerar e formar crostas que mais tarde secam e caem.