As autoridades dinamarquesas revelaram que o ataque que ocorreu este domingo, num centro comercial em Copenhaga, não se tratou de um atentado terrorista, esclarecendo que o autor do crime escolheu as suas vítimas “ao acaso”.
O inspetor da polícia chefe de Copenhaga, Søren Thomassen, afirmou que o atirador, um homem dinamarquês de 22 anos, disparou a pessoas “aleatoriamente”, quando abriu fogo no centro comercial, tendo feito três vítimas mortais, um rapaz, uma rapariga de 17 anos e um homem russo de 47 anos, deixando ainda mais quatro feridos, que, segundo um médico da universidade clínica de Copenhaga, estão fora de perigo, cita o Guardian,
Apesar de inicialmente, as autoridades terem afirmado que podiam existir ligações a um ataque terrorista, até ao momento, não existe nenhuma prova que ligue o atirador a este tipo de crime ou a motivações raciais. “Até termos a certeza absoluta de que essa hipótese está correta iremos realizar extensas investigações e manteremos uma presença operacional maciça em Copenhaga para que possamos ter a certeza de que estava a agir sozinho”, acrescentou o chefe de polícia.
Segundo o jornal inglês, o atirador, que foi detido pela polícia no próprio centro comercial, com uma espingarda e uma faca, terá antecedentes de doença psiquiátrica, tendo sido alvo de tratamentos.
A presidente da Câmara de Copenhaga, Sophie H. Andersen, classificou o ato como “terrível” e “muito grave”. Já a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, disse no domingo que o país foi atingido por um “cruel ataque”. “É incompreensível, comovente, sem sentido. A nossa bela, e geralmente tão segura, capital foi alterada numa fração de segundos”, afirmou num comunicado oficial.
Numa declaração conjunta, a rainha Margarida, o príncipe Frederico e a mulher e a princesa Maria afirmaram que “a situação pede unidade e cuidado”.
“Ainda não sabemos a extensão total da tragédia, mas já é claro que mais pessoas perderam a vida e que mais ainda ficaram feridas”, lamentaram.
O primeiro alerta foi dado ontem às 17h36 locais (16h36 horas em Portugal continental). Segundo testemunhas, as pessoas que se encontravam dentro do centro comercial entraram em pânico quando começaram a soar tiros. Clientes do centro comercial revelaram ter ouvido entre três a quatro disparos. Já o assessor de imprensa do centro comercial revelou ter ouvido “barulho que parecia de tiros”, perto da zona de restauração.
A área do centro comercial foi isolada e vigiada por um helicóptero. As autoridades políticas pediram para quem “viu, ouviu ou filmou algo” que entre em contacto com a polícia.