Não se demite e há "talento" suficiente na bancada do Partido Conservador para substituir os mais de 30 governantes demissionários, na sequência do novo escândalo que está a corroer o Executivo do Reino Unido. Questionado esta quarta-feira pela Comissão de Ligação, Boris Johnson voltou a reiterar que não irá deixar o cargo.
"O país está a atravessar tempos difíceis", disse o primeiro-ministro, sublinhando que pessoas estão sujeitas a muitas pressões e que o Governo tem de se "concentrar nas suas prioridades". Com "a maior guerra na Europa nos últimos 80 anos", continuou, "não seria de maneira nenhuma responsável virar as costas".
A saída do Executivo de governantes britânicos, que se demitiram nas últimas horas, não é um problema, pois, segundo Boris Johnson, "há uma riqueza de talentos" na bancada parlamentar conservadora, com mais de 300 deputados.
Só nesta tarde, um total de cinco secretários de Estado enviaram uma carta conjunta a Johnson a anunciar que iam deixar as pastas. São agora, ao todo, 32 membros do Governo que se demitiram desde terça-feira.
"Temos de pedir que, para o bem do partido e do país, se demita", escreveram os secretários de Estado Kemi Badenoch, Neil O'Brien, Alex Burghart, Lee Rowley e Julia Lopez, a Boris Johnson.