A Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizu esta quarta-feira a norma 04/2022, acerca da abordagem aos casos de infeção humana pelo vítus Monkeypox. Este documento substitui o publicado a 31 de maio.
De acordo com o novo documento, traduz-se em caso suspeito de Monkeypox uma pessoa que apresente "exantema (macular, papular, vesicular ou pustular generalizado ou localizado e/ou queixas ano-genitais (incluindo úlceras, de início súbito, desde 1 de janeiro de 2022, não explicadas por outros diagnósticos diferenciais", assim como "febre de início súbito, (≥38,0ºC), astenia, mialgia, dorsalgia, cefaleia, adenomegalia".
A gestão de contactos deve iniciar-se o mais rapidamente possível, sendo que "o período infecioso do caso deve ser considerado desde o aparecimento de sintomas prodrómicos e terminado quando as crostas das lesões caíram e uma nova pele se formou", explica a autoridade.
Por outro lado, na "ausência de sintomas prodrómicos, como tem sido frequentemente referido neste surto, deve ser considerado um dia antes do início da erupção como o início do período infecioso da infeção" por Monkeypox.
Os contactos assintomáticos podem continuar as suas rotinas diárias mas recomenda-se que, durante o período de vigilância, ou seja 21 dias após a última exposição, reforcem a lavagem e/ou higienização frequente das mãos e etiqueta respiratória; evitem o contacto próximo com grávidas, crianças pequenas e pessoas imunodeprimidas; evitem contacto sexual com outras pessoas e evitem também viagens longas/grandes distâncias "para que possa ser mais exequível e mais rápido o isolamento, na eventualidade de aparecimento de sinais e/ou sintomas".
Já o contacto suspeito que desenvolva qualquer sintoma "deve abster-se de contacto físico próximo (nomeadamente sexual e partilha de cama) e permanecer vigilante quanto ao aparecimento de lesões cutâneo-mucosas nos dias subsequentes" e um "contacto que desenvolva sinais e sintomas sistémicos inespecíficos (que não exantema cutâneo) deve obedecer a cuidados de isolamento e observado para verificação de sinais de erupção cutânea, nos sete dias subsequentes".
Caso não se desenvolva nenhuma lesão cutâneo-mucosa, "o contacto deve manter a avaliação da temperatura nos restantes dias até completar o período de vigilância de 21 dias", sendo que, se desenvolver lesões cutâneas ou mucosas, o contacto, "deve ser considerado como caso provável de infeção por Monkeypox e deve procurar, de imediato, os serviços de saúde ou contactar o SNS24".
De acordo com a última atualização da DGS, foram diagnosticados em Portugal 433 infeções por Monkeypox, sendo que, na Europa, até 29 de junho, existiam 4.178 casos de infeção pelo vírus Monkeypox na região europeia.