A situação do incêndio em Pombal, no distrito de Leiria, está a agravar-se, sobretudo nas freguesias de Abiul e Redinha, alertou o município.
Segundo uma nota enviada pela autarquia liderada por Pedro Pimpão, os incêndios estão a complicar-se naquelas freguesias devido "a diversos reacendimentos, associados também às condições meteorológicas severas, com a agravante da insuficiência de meios".
Mesmo perante a possível complicação, a autarquia apela às populações das aldeias rodeadas por chamas que "mantenham a calma e sejam vigilantes, evitando comportamentos de risco".
"Todos devem cumprir escrupulosamente as orientações das autoridades de segurança e proteção civil que se encontram no local, tendo como principal prioridade a proteção das pessoas", salienta o comunicado.
De acordo com o balanço provisório realizado esta manhã pela Câmara de Pombal, as chamas já fizeram arder uma área "superior a 1.600 hectares", inúmeras habitações ficaram destruídas e várias localidades perderam o fornecimento de energia elétrica.
"Havia a contabilização de cinco feridos civis, um com gravidade, e sete operacionais feridos, devido essencialmente a golpes de calor e exaustão. Alguns regressaram já ao teatro de operações", informa ainda a nota, que ainda acrescenta que 51 pessoas dormiram no espaço de acolhimento, instalado numa escola da cidade de Pombal, tendo três já regressado às suas habitações. Já nas instalações de uma instituição de solidariedade social de Vila Cã pernoitaram seis pessoas.
O incêndio deflagrou na freguesia de Abiul, em Vale da Pia, na sexta-feira, pelas 14h50 e foi extinto na segunda-feira de manhã. No entanto, as chamas reacenderam-se e continuam a deflagrar Leiria. Segundo o site da Proteção Civil, pelas 19h08, estão 440 operacionais no terreno, apoiados por 112 viaturas e sete meios aéreos.