O quarto homem mais rico do mundo, o bilionário norte-americano Bill Gates, comprometeu-se (mais uma vez) a doar a sua riqueza, acrescentando que pretende “deixar” a lista dos mais ricos do mundo.
Esta notícia chega numa altura em que o cofundador da Microsoft doou 20 mil milhões de dólares à sua fundação para que esta possa aumentar a despesa anual, afirmando que tinha a “obrigação” de devolver os seus recursos à sociedade.
“Ao olhar para o futuro, pretendo dar praticamente toda a minha riqueza à fundação”, disse Gates.
“Vou descer e eventualmente sair da lista das pessoas mais ricas do mundo. Tenho a obrigação de devolver meus recursos à sociedade de maneiras que tenham o maior impacto para reduzir o sofrimento e melhorar vidas. E espero que outros em posições de grande riqueza e privilégio também se manifestem neste momento”, concluiu.
O donativo, combinado com os 3,1 mil milhões de dólares doados pelo presidente da Berkshire Hathaway e membro antigo da administração da organização filantrópica, Warren Buffet, eleva para cerca de 70 mil milhões de dólares os fundos da Fundação Bill and Melinda Gates.
Este montante faz da Fundação uma das maiores do mundo, senão mesmo a maior, dependendo da flutuação diária do título na bolsa.
A Fundação Gates planeia elevar o seu orçamento anual em 50%, por referência aos níveis pré-pandemia, para cerca de nove mil milhões em 2026.
O objetivo é melhorar a educação, reduzir a pobreza e regressar ao caminho de acabar com doenças evitáveis e atingir a igualdade de género, cujo progresso foi interrompido nos últimos anos.
Apesar da fundação ter efetuado regularmente grandes quantidades de donativos, colocando Gates como um dos maiores filantropos do mundo, críticos consideram que existe uma preocupante falta de ética em existir um empreendimento privado que exerce uma influência tão grande com o dinheiro que injeta nas organizações, nomeadamente, na Organização Mundial de Saúde.
Gates deteve o título da Forbes de pessoa mais rica do mundo entre 1995 e 2010 e novamente de 2013 a 2017, foi ultrapassado nesse mesmo ano pelo fundador da Amazon, Jeff Bezos, contudo, atualmente, esse título pertence ao presidente-executivo da Tesla, Elon Musk.