O incêndio de Bustelo, que começou na passada sexta-feira no concelho de Chaves, reativou-se de uma forma “muito violenta”, que atualmente já está em território espanhol.
Segundo o Comandante Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Vila Real, Miguel Fonseca, indicou à agência Lusa, o fogo tem uma frente que arde “com muita intensidade”, contudo não existem populações em risco.
Agora, o fogo também já está a ser combatido no lado espanhol com um contingente daquele país, confirmou a mesma fonte.
As temperaturas elevadas e o vento forte estão a dificultar o combate ao fogo. Estão empenhados no local, segundo o site da Proteção Civil, pelas 18h13, 181 bombeiros, apoiados por 52 veículos e dois meios aéreos.
O incêndio deflagrou a partir das 14h45 de sexta-feira e foi dado como dominado durante a madrugada de sábado, no entanto nesse dia à tarde confirmou-se uma reativação que se expandiu em grande dimensão devido ao vento forte e às altas temperaturas.
Além deste incêndio ativo, Vila Real está a ser lavrado por mais dois outros incêndios, contíguos, em Murça e Vila Pouca de Aguiar, e também considerados significativos pela Proteção Civil.
Já foram registados danos devido a estes incêndios. No domingo, verificou-se danos em sete habitações, cinco das quais devolutas, e em vários anexos no fogo que ardeu Bustelo, concelho de Chaves, ao passo que o fogo do Fundão, em Castelo Branco, causou danificações em vários anexos e uma habitação.
Portugal continental passou esta segunda-feira para situação de alerta – o nível de resposta mais baixo previsto na Lei de Bases da Proteção Civil – depois de ter estado durante sete dias em situação de contingência (nível intermédio entre alerta e calamidade) devido ao risco extremo de incêndio rural e elevadas temperaturas.
Esta situação de alerta prolonga-se até às 23h59 de terça-feira, dia em que voltará a ser reavaliada a situação.