Os novos radares de controlo de velocidade rodoviária em Lisboa registaram mais de 60 mil infrações só no primeiro mês e meio de funcionamento.
"Entre 01 de junho e 15 de julho foram registadas um total de 62.123 ocorrências no sistema de radares fixos em Lisboa", segundo o gabinete do presidente da câmara, Carlos Moedas.
Os 41 novos radares, 21 que substituem equipamentos antigos e 20 em novas localizações, começaram a funcionar a partir de 1 de junho, e a Câmara de Lisboa teve uma receita de 275.724 euros desde o início do ano até 30 de junho, "respeitante a 4.049 autos pagos por infração a velocidade/radares fixos".
"Os radares fixos estiveram inoperacionais, mas as contraordenações só prescrevem ao fim de dois anos, pelo que estamos sempre a receber pagamentos de coimas", explicou a autarquia, citada pela agência Lusa.
Sublinhe-se, no entanto, que a receita para a autarquia corresponde apenas a 55% do montante da coima paga, uma vez que os restantes 45% revertem para a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (10%) e para o Estado (35%).
No mesmo período, entre janeiro e junho deste ano, o montante das coimas dos radares móveis "ascendeu aos 402.218 euros, correspondendo a 5.628 autos pagos".
As coimas por excesso de velocidade podem ir dos 60 euros aos 2.500 euros, consoante a gravidade da infração, inclusive se é dentro ou fora das localidades.
Em relação aos locais que registam maior número de ocorrências, a autarquia indicou, à agência Lusa, que são as avenidas Lusíada, Padre Cruz e Infante Dom Henrique, revelando que "a maior velocidade captada no sistema de radares de Lisboa foi a de 240 km/h na Avenida Marechal Craveiro Lopes, junto às bombas do posto Repsol, no sentido Aeroporto/Benfica".