Mario Draghi, primeiro-ministro cessante de Itália, assegurou esta terça-feira que ainda "há muito a fazer" antes de um outono "muito complicado".
O político, após uma reunião com organizações empresariais, presidiu a um Conselho de Ministros em que a ministra da Economia, Daniele Franco, informou que nos primeiros seis meses do ano houve uma melhoria da tendência das contas públicas, com a dívida para 2022 "por enquanto" a baixar.
A redução, que ultrapassa os 14.300 milhões de euros, deve-se "inteiramente aos rendimentos mais elevados" e será influenciada pela nova ajuda às famílias e às empresas, para tentar mitigar os efeitos da inflação, que deverá ser aprovada na próxima semana no parlamento, de acordo com Franco.
Recorde-se que Sergio Mattarella, Presidente de Itália, dissolveu no dia 21 de julho o parlamento italiano, decretando assim o fim da atual legislatura, na sequência da demissão do primeiro-ministro, o que se traduz em eleições antecipadas, marcadas para 25 de setembro.
No entanto, até lá, Draghi e o seu Governo continuam em funções, para tratar de "assuntos urgentes", como o PRR, uma vez que a falta das reformas pedidas pela União Europeia (UE) pode por em risco a entrega de fundos dos quais a Itália é o maior destinatário.