O ministro da Administração Interna admitiu este domingo, em Pedrógão Grande, que houve “picos de congestionamento” nas chamadas, mas recusou que o SIRESP tenha falhado nos incêndios de Leiria.
“A rede SIRESP não falhou. Convém sermos muito claros. Houve picos de congestionamento. Significa que naquele período houve mais de meio milhão de chamadas e a média do tempo de espera em relação a esse pico foi de 3,20 segundos. Aquela que demorou mais tempo, pouco passou de um minuto. A rede não falhou, estamos a falar de um congestionamento nas chamadas que foram feitas ao mesmo tempo e chamadas, sobretudo, a demorarem muito tempo e, por isso, bloquearam outras na entrada no sistema”, afirmou o ministro.
“A mim ninguém me contou. Estive no teatro de operações em Ansião. [Acompanhei] comandantes no terreno e várias vezes tentaram a comunicação através do SIRESP e não conseguiram. A forma de reportar os pontos de situação foi via telemóvel”, contrapõe o presidente da Federação dos Bombeiros de Leiria, Rui Rocha, citado pela Lusa. “O que foi dito pela secretária de Estado e pelo senhor ministro não me tranquiliza. Aquilo que esperamos de um sistema como o SIRESP, que é um sistema para estar disponível em prontidão, em emergência e em carga forte, é que funcione em muitas comunicações”, frisou.