por João Maurício Brás
Lisboa vai ter programa antirracismo nas escolas…Projeto-Piloto propôs-se confrontar a ‘história oficial’ com a realidade».
Conceitos como ‘racismo estrutural’ e a vulgata maniqueísta dos fundamentalismos ‘história oficial’ versus ‘realidade’ são desprovidos de qualquer rigor ou seriedade científica e não têm qualquer ligação com os factos. Trata-se apenas de ideologia destrutiva, mas muito rentável, neste tempo de desagregação em que tudo é economia e tudo o resto é apenas ruído. Este tipo de conceitos que saíram das universidades americanas de papel e caneta, controladas pelo refugo do marxismo desiludido e das modas dos desconstrucionismos, chegam agora cá.
Veja-se o absurdo de confrontar a ‘história oficial’ com a realidade. Quem são os donos da nova realidade? Quem detém a verdade sobre a realidade? Os ativistas e os académicos que vivem da exploração do racismo? Aliás, já não há história oficial. A haver é a dos ativismos da esquerda pós-moderna. A esses a quem a miséria e a pobreza se tornou estranha e que, no conforto das universidades e das sedes ativistas arranjaram outra mercadoria. São o Livre, o Bloco e os fraturantes do PS, com os seus académicos que detêm a dogmática sobre a ‘realidade’? Sim, são eles, quais funcionários estalinistas. No seu fervor inquisitorial, já conseguiram proibir palavras, inventar outras, ‘queimar’ pessoas, alterar o significado e o sentido dos conceitos, silenciar o pensamento crítico, desenterrar mortos com séculos e julgá-los com as suas lentes do presente.
Estes projetos são os piores inimigos das causas que defendem.
Querem o quê? Mais verbas do partido socialista para os movimentos ativistas e novas pós-graduações em fantasias intelectuais?
Mas como aceitam os políticos estas visões deformadas e interesseiras dos factos? Por medo? Por oportunismo político?
Colocaram Moedas perante o dilema típico das seitas fanatizadas: ‘Ou és dos nossos ou és facho e racista’. Estará também ele já está sequestrado por este ativismo monomaníaco que se apoderou dos temas do género e da cor?
E já agora, o racismo estrutural, como é estrutural, é de todos os humanos? Ou é aquela descoberta peregrina que só o branco é racista? Não há negros racistas? Não há história negra de racismo? Bem, pelo menos de xenofobia? Não há chineses racistas? Não há indianos racistas?
Querem impor uma história de ficção, uma história alternativa.
Não é necessário explicar que imigrantes, africanos, descendentes, etc., não têm culpa absolutamente nenhuma do manicómio onde nos querem encerrar a todos e a papaguear a insanidade dessa cartilha e das suas taras.
Há negros mais portugueses que muitos brancos, e brancos mais africanos que muitos negros. As pessoas precisam de condições dignas de trabalho e de oportunidades na escola e no dia-a-dia. As pessoas são pessoas, conceito que inclui todos os direitos e deveres independentemente da cor, da religião, do sexo ou da orientação sexual.
O racismo combate-se defendendo os vivos que trabalham nas Odemiras deste mundo, em trabalhos clandestinos, pagos indignamente e tratados, no século XXI, como bichos e que olhamos de lado.
Importa principalmente não cairmos na armadilha típica deste tipo de neototalitarismos: ‘Ou pensas como nós ou tens de ser reeducado ou destruído, porque, se não pensas como nós, padeces de todas as taras e fobias’…