Foram esta quinta-feira detidos quatro agentes da polícia norte-americana, tendo sido acusados de vários crimes relacionados com o homicídio de Breonna Taylor, avançou a BBC News.
Os agentes, ex-oficiais do Departamento de Polícia de Louisville, foram, segundo o procurador-geral Merrick Garland, citado pela CNN a CNN, acusados de "crimes contra direitos civis, conspirações ilegais, uso inconstitucional da força e crimes de obstrução".
Joshua Jaynes, Kelly Goodlett e Kyle Meany foram acusados de apresentar uma declaração falsa para revistar a casa de Taylor, tendo Brett Hankison sido indiciado por duas acusações de privação de direitos.
Os três primeiros terão ainda conspirado para criarem uma falsa história que os livrasse da responsabilidade que tiveram na preparação da declaração de mandado que continha informações falsas, escreve a CNN.
Estas são as primeiras acusações federais a serem apresentadas contra qualquer um dos polícias envolvidos na ação policial que vitimou Breonna Tayler. Já Hankison enfrentou três acusações a nível estadual de ameaça criminosa, mas foi absolvido das três.
Recorde-se que Breonna Taylor, técnica de emergência médica de 26 anos e estudante de enfermagem, foi baleada 20 vezes no dia 13 de março de 2020, depois de ser acordada pela polícia para executar um alegado mandado de busca aprovado como parte de uma investigação na qual o seu ex-namorado era suspeito.
No interior da habitação não foram encontradas quaisquer drogas, mas no momento em que os polícias arrombaram a porta, Kenneth Walker, companheiro de Breonna Taylor, terá disparado uma vez por pensar que eram ladrões. Na sequência do disparo de Walker, os agentes atingiram a mulher com cerca de 20 balas.
A autoridade teria alegadamente um mandado de "não bater", significando isto que estavam autorizados a arrombar a porta sem aviso prévio, mas estes afirmam que anunciaram a sua presença, algo que Walker contesta.
Recorde-se que a morte de Breonna Taylor tornou-se um dos ícones das manifestações antirracismo e violência polícial que surgiram nos Estados Unidos, depois da morte de George Floyd, um afro-americano que morreu aquando da sua detenção, a 25 de maio de 2020.