Duplo afogamento de sábado espelha realidade cada vez mais grave em Portugal

Um adolescente morreu, no rio Tâmega, quando tentava salvar o padrasto, juntando-se ao número de mortes por afogamento.

Depois de Rodrigo Fernandes Nunes, de 16 anos, ter sido uma das vítimas mortais do duplo afogamento ocorrido este sábado, no rio Tâmega, em Celorico de Basto, ao ter ficado preso numas rochas juntamente com o padrasto, Guimarães chora a morte do jovem.

De acordo com o jornal O Minho, “Rodrigo atirou-se à água e nadou até ao local onde estava o familiar, mas acabou por ser atirado contra as pedras, ficando também em sérias dificuldades para conseguir evitar o afogamento”. Sabe-se que, “inicialmente, fora avançado que Rodrigo teria ficado preso primeiro e que o padrasto se lançou em seu auxílio, mas, entretanto”, O Minho confirmou com o responsável pelas operações de resgate que se tratou do inverso”.

Na terça-feira da semana passada, um homem de 35 anos também morreu afogado, enquanto nadava na lagoa da Ervideira, no concelho de Leiria, como foi veiculado por uma fonte da Proteção Civil e dos bombeiros locais. O óbito foi declarado no local.

No dia seguinte, um homem, de nacionalidade espanhola, que se encontrava em situação de pré afogamento, na praia fluvial da Portagem, no rio Sever, em Marvão, foi resgatado da água, em estado grave. “A vítima foi alvo de manobras de reanimação no local e durante o transporte para o Hospital de Portalegre, desconhecendo-se o seu estado de saúde”, revelava a Rádio Portalegre.

Segundo os números divulgados pelo Observatório do Afogamento, até ao dia 30 de junho, morreram 68 pessoas no meio aquático. No período homónimo dos anos anteriores, verifica-se que ocorreram menos óbitos: 62 em 2017, 53 em 2018, 44 em 2019, 64 em 2020 e 46 em 2021.

Ou seja, tem vindo a ser registado um aumento, principalmente, quando comparamos este ano com o de 2021, em que ainda existiam restrições de circulação no âmbito da pandemia de covid-19.