PSP afirma que tinha efetivos no centro histórico quando ocorreu desacatos em Guimarães

Questionado sobre as falhas de segurança e efetivos da PSP, tal como referiu o presidente da autarquia, o responsável da PSP rejeitou essa ideia, ao notar que havia um “efetivo reforçado nessa noite”, como acontece “em todos os eventos desportivos internacionais”.

Após as críticas do presidente da Câmara de Guimarães sobre a atuação da Polícia de Segurança Pública (PSP) no centro histórico da cidade, a força de segurança garantiu que tinha efetivos no local e que estava preparada para responder a qualquer incidente.

Em causa estão os atos de violência que ocorreram na noite de terça-feira no centro histórico, encetados pelos adeptos do clube croata Hadjuk Split. Alegadamente, este grupo arremessou cadeiras e tochas numa zona de esplanada, causando a destruição do espaço e do ambiente.

Em declarações aos jornalistas, o Comissário Vítor Silva da Divisão Policial de Guimarães afirmou que intercetou cinco autocarros, tendo sido identificados 122 adeptos, após a destruição causada no centro histórico por membros do clube de futebol croata Hadjuk Split.

Questionado sobre as falhas de segurança e efetivos da PSP, tal como referiu o presidente da autarquia, o responsável rejeitou essa ideia, ao notar que havia um “efetivo reforçado nessa noite”, como acontece “em todos os eventos desportivos internacionais”.

O responsável da PSP explicou que o que aconteceu no centro da cidade foi “uma movimentação em massa, muito rápida e muito bem organizada” e que os indivíduos foram apenas abordados pela polícia quando estava fora de cidade, de modo a salvaguardar a segurança da população.

"Apesar de monitorizarmos adeptos, voltámos ao terreno para abordar a população e os proprietários dos estabelecimentos em causa, e o que nos foi transmitido é que houve alguns danos, mas irrelevantes nas esplanadas e não há pessoas feridas", assinalou.

De acordo com Vítor Silva, os desacatos que aconteceram em Guimarães poderiam ter ocorrido noutra cidade nas imediações, dado que aquele grupo de adeptos está habituado “a fazer este tipo de abordagens”.

Tendo em conta o seu histórico violento, a PSP poderia ter antecipado o sucedido, através, por exemplo, da identificação dos adeptos na chegada ao aeroporto, como aconteceu a nível internacional, no entanto o Comissário adiantou que este grupo não chegou a Portugal a partir do aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, tendo-se movimentado por vários aeroportos.

"Estes adeptos foram um grupo de adeptos. Há mais adeptos que vêm assistir ao jogo", ressalvou. "Este é um grupo de adeptos que se movimenta de forma organizada entre si, não partilham informação, e estes adeptos não chegaram através do Aeroporto Sá Carneiro, movimentaram-se por vários aeroportos. Portanto, a monitorização destes adeptos foi feita a partir do momento em que os detetámos", realçou.

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