Tendo em conta as previsões meteorológicas para os próximos dias, que apontam para uma subida das temperaturas, Portugal poderá regressar à situação de alerta ou de contingência, admitiu o ministro da Administração Interna, esta quarta-feira.
"Não podemos excluir esse cenário", afirmou José Luís Carneiro, citado pela agência Lusa, após uma reunião com o Instituto do mar e da Atmosfera (IPMA), na qual foi avaliada as previsões meteorológicas para os próximos dias.
Para o governante, a situação de alerta ou contingência “são cenários” que as autoridades oficiais devem “ter em cima da mesa”, uma vez que o país ainda não ultrapassou a fase crítica de incêndios.
Em relação aos meios disponíveis para avaliar os fogos, José Luís Carneiro disse que desde 2017 tem-se assistido a uma “melhoria contínua” na metodologia seguida pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
"Pretendemos agora alargar ao campo científico, envolvendo num painel investigadores e centros de conhecimento do país, com regularidade e de forma holística e sistemática, todo esse conhecimento que tem vindo a contribuir para o sistema. Temos de alargar ainda mais e dar maior regularidade para obtermos em tempo real recomendações de ação e decisão política", observou o ministro.
José Luís Carneiro também evidenciou que Orçamento do Estado para 2022 tem “o maior investimento de sempre” – mais de 30 milhões de euros – para financiar permanentemente os corpos de bombeiros, além dos mais de 2.5 milhões que colocou à disposição “para garantir mais operacionalidade”.
O dispositivo de combate aos incêndios rurais terá este ano o apoio de Governo de mais de 32 milhões de euros, tendo sido reforçado o valor para cada bombeiro que está integrado neste dispositivo, bem como o valor de pagamento aos comandantes, acentuou o ministro.
"Este ano reforçámos em 107% as transferências para o Fundo Social do Bombeiro, o que significa estar agora a transferir mais de um milhão de 800 mil euros por ano (…). Há um esforço que está a ser feito (…) e que continuará a ser feito no âmbito do diálogo que temos com a Liga dos bombeiros Portugueses e com os representantes destas instituições que têm um papel e crucial e constituem o nervo da estrutura nacional de proteção civil", assinalou.
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