Notícia corrigida às 18h03
Duas pessoas morreram em 2021 depois de terem sido submetidas a um processo de transfusão de sangue ou derivados. Uma das quais morreu devido a um erro.
De acordo com as informações esta terça-feira avançadas no "Relatório de Atividade Transfusional e Sistema Português de Hemovigilância 2021", do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, um dos pacientes encontrava-se na faixa etária dos 40 aos 49 anos e o outro na faixa etária dos 80 aos 89 anos.
Uma das mortes ocorreu na sequência de um erro. Já no outro caso, o paciente terá sido alvo de uma reação adversa, mas não houve imputabilidade associada à falha que culminaria no óbito.
Em 2021, foram contabilizadas 273 reações adversas em recetores, sendo que oito delas estiveram relacionadas com a administração da unidade errada, sete com a incorreta identificação do doente e cinco com a administração do grupo sanguíneo errado.
Apesar destes números, registou-se no ano passado uma "inversão da tendência da diminuição do número de dadores e de dádivas de sangue que se registava em Portugal desde 2008".
Mais de 204 mil pessoas receberam sangue, resultando assim em mais de 310 mil dádivas. 83,08% eram considerados dadores regulares, sendo que os restantes 16,92% doaram sangue pela primeira vez naquele ano.
Destas pessoas, 18 tinham sido diagnosticadas com Hepatite C, 15 com HIV e seis com Hepatite B.
Além disso, foram recusadas 56.892 dádivas, sendo que dessas, 10.988 foram por baixos níveis de hemoglobin, 4.166 por viagens, 2.935 por comportamentos de alto risco e 1.016 por síndrome gripal.