Dois navios de guerra norte-americanos navegaram nas últimas horas no estreito de Taiwan, em movimentações militares que claramente desafiam o isolamento a que a China pretende votar a nação insular que recusa submeter-se à autoridade de Pequim. Os dois cruzadores de mísseis guiados foram os primeiros a navegar naquele estreito desde que a China iniciou uma série de ameaçadores exercícios militares após a visita da presidente do congresso norte-americano Nancy Pelosi a Taiwan no início do mês.
A Marinha dos EUA confirmou que dois dos seus navios de guerra estavam a navegar no Estreito de Taiwan no domingo, a primeira passagem desse tipo por navios americanos desde que a China iniciou exercícios militares em larga escala em resposta à visita de Nancy Pelosi. Segundo a Sétima Frota da Marinha, os cruzadores Antietam e Chancellorsville procederam a uma patrulha rotineira daquele estreito, tendo as autoridades norte-americanas vincado que os seus navios continuaram a marcar presença junto ao país aliado, isto apesar da China ter reclamado o controlo da hidrovia.
A China avisou os EUA de que iria retaliar, considerando a presença de navios de guerra no Estreito de Taiwan uma ameaça à sua soberania. Ainda que os militares chineses tenham afirmado em comunicado que estão a monitorizar a passagem dos navios, para já não houve nenhum ato de guerra. “As forças do teatro de operações orientais permanecem em alerta máximo, prontas para frustrar qualquer provocação”, lê-se no comunicado chinês. A China considera Taiwan parte do seu território, mas a verdade é que o Partido Comunista nunca conseguiu controlar a ilha.