A NASA foi obrigada a interromper o lançamento do voo de teste do seu novo foguetão lunar, Artemis I, revelou a agência espacial norte-americana. E garante que representa o “primeiro pequeno passo” para o homem regressar à Lua, mais de 50 anos depois.
A razão? Uma fuga de combustível que, segundo a agência norte-americana AP, ocorreu no mesmo local em que surgiram infiltrações durante um teste de contagem decrescente na primavera. Os controladores de lançamento tiveram de interromper a operação de abastecimento, depois de notarem a existência da fuga, que já estava atrasada uma hora devido a trovoadas no mar.
O lançamento do foguetão, sem tripulação, estava previsto para ocorrer esta segunda-feira, durante uma “janela de oportunidade” de duas horas que se abre às 13:33 de Lisboa. “Não lançamos [a Artemis I] enquanto não estiver tudo certo”, confessou o administrador da NASA, Bill Nelson, depois de se confirmar que não era possível realizar o lançamento da missão não tripulada.
A NASA indicou que se o voo não fosse possível haveria mais duas datas possíveis: 2 e 5 de setembro.
Recorde-se que este voo de teste, a partir do Centro Espacial Kennedy da NASA, na Florida, destina-se a colocar uma cápsula de tripulação na órbita da Lua pela primeira vez em 50 anos. E o lançamento pretende colocar em órbita lunar a cápsula Orion, mas em vez de astronautas transporta três manequins de teste.
Esta missão tem sofrido vários atrasos que levaram a que o orçamento deste teste em órbita lunar custasse mais de 4130 milhões de euros.
No entanto, depois da missão Artemis I, a NASA espera em 2024 levar astronautas para a órbita da Lua (Artemis II) e para a sua superfície (Artemis III) no final de 2025.
Com o programa lunar Artemis, a NASA espera “estabelecer missões sustentáveis” na Lua a partir de 2028, com o intuito de enviar posteriormente astronautas para Marte.
A partida para estas missões lunares ou para Marte será feita de uma estação espacial a instalar na órbita da Lua, a Gateway.