O Benfica bateu o Sporting no dérbi que marcou a final da Supertaça de andebol, por 45-43, conquistando o seu sétimo título nesta competição, que lhe fugia desde 2018.
O jogo em Serpa, no Alentejo, foi suado, difícil e longo, contando com dois prolongamentos. As emoções estiveram ao rubro numa partida em que os ‘encarnados’ tanto chegaram a estar a vencer por nove golos de vantagem como o marcador esteve vários minutos consecutivos em igualdade, onde ora marcava um, ora marcava outro.
Relato Em Serpa, com temperaturas a rondar os 40 graus dentro do Pavilhão Municipal dos Desportos Carlos Pinhão, os ânimos estavam exaltadíssimos nos primeiros minutos da partida, obrigando a equipa de arbitragem a fazer uma breve pausa para serenar o ambiente. Logo de seguida chegou o primeiro golo da partida: aos quatro minutos de jogo, ao som de um frenético ambiente impulsionado pelos adeptos que seguiram a equipa durante todo o fim de semana nas fases finais, Petar Djordjic (Benfica) inaugurou o marcador, sendo que, logo de seguida, Folqués empatou para os leões.
Depois, o jogo acalmo e seguiu-se uma torrente de golos, tanto de um lado como do outro. Mais de um lado do que do outro, no entanto. Aos 23 minutos de jogo, o Benfica seguia com seis golos de vantagem, depois de várias intervenções de luxo do guarda-redes ‘encarnado’, o espanhol Sergey Hernández.
O ritmo frenético do jogo esfriou, no entanto, quando o defesa leonino Carlos Ruesga caiu mal no chão, após se ter suspendido para um remate na linha dos seis metros, recebendo imediatamente assistência na mão esquerda, acabando por não passar de um susto.
A diferença mantinha-se ao intervalo, quando o Benfica vencia por 15-9, muito graças a uma exibição ‘monstruosa’ de Sergey Hernández, que somou mais de dez defesas na primeira parte da final, bem como de alguma ineficácia ofensiva dos ‘leões’.
Na segunda parte, a dominância do Benfica continuou, chegando a estar a vencer por nove golos de diferença. A entrar no último quarto de hora de jogo, no entanto, os ‘leões’ começaram a responder com mais intensidade, conseguindo reduzir a distância para uns 23-26 aos 19 minutos de jogo.
Afinal, se tudo parecia indicar que o Benfica iria conquistar o título na Supertaça de andebol, o Sporting não tirou o pé do acelerador e ainda fez suar os ‘encarnados’, que pediram time out para reorganizar a sua posição perante a ameaça verde e branca. Aos 23 minutos da segunda parte, o Sporting tinha já batido Hernández 17 vezes, ao passo que os benfiquistas contavam apenas 14 golos marcados nesse período da segunda parte.
Estava instalado o ambiente de quase loucura no ar, entre os ‘encarnados’ a tentar defender a sua vantagem e os sportinguistas a lutar por chegar ao empate, o que acabou mesmo por acontecer quando faltava um minuto e meio para o fim do tempo regulamentar, a 32 golos.
E 32-32 ficaria mesmo até ao apito final do tempo regulamentar, obrigando as equipas a jogar mais 10 minutos de andebol em Serpa, onde, no sábado, o Benfica tinha já sido obrigado a ir a dois prolongamentos para bater o FC Porto e conquistar um lugar na final.
Nem assim, no entanto, foi possível quebrar a igualdade. Ao fim do primeiro prolongamento, o marcador situava-se em 38-38, após um ritmo frenético de golos em ambos os lados, com ambas as equipas a ‘dar o litro’ para evitar deixar fugir a Supertaça.
Quando faltavam 30 segundos para o fim da partida, o marcador estava 40-40, e o guarda-redes do Benfica já contava mais de 15 defesas no jogo.
Nem Benfica nem Sporting pareciam prontos a largar a Supertaça e o Pavilhão Municipal dos Desportos Carlos Pinhão quase ia abaixo de tanta emoção. Mas alguém tinha mesmo de vencer. Aos 75 minutos de jogo, entrando na última metade do segundo prolongamento, o Benfica vencia por 41-40, e parecia estar tudo ainda em aberto.
Nesses últimos cinco minutos, no entanto, os ‘encarnados’ acabaram por repetir a magia que os colocara com até nove golos de vantagem, saindo vitoriosos no Pavilhão de Serpa, depois de um difícil encontro fremte ao Sporting.