As críticas da oposição política à nomeação do novo ministro da Saúde mostram que ela ainda não existe como deve ser, e que em princípio Montenegro não chagará a primeiro ministro – o que nada me espanta, apesar da simpatia que tenho pelo PSD.
A verdadeira oposição, neste caso, foi feita pelas organizações profissionais de médicos e enfermeiros.
De resto, achar mal que um Governo do PS convide um militante do PS para ministro… é ainda pior do que censurar os aumentos de pensões por causa do longínquo 2024. Convence os já convencidos. E deixa o ministro com o mínimo de expectativas para a oposição política, que dificilmente poderá considerar o que ele fizer pior do que o já dito. Ou seja, para a Oposição vai ser um ministro óptimo.
Isto num momento em que jornalistas republicanos entoavam louvores a uma rainha, que os pode merecer muito – mas não tanto. Um princípio básico do republicanismo é não ter um Chefe de Estado em funções tanto tempo – por muito pouco, ou talvez por menos do que a dita Rainha – se meta em política.
Eu, republicano me confesso. Claro que gostei de ouvir o monárquico José Bouza Serrano na TV, a falar dela. Gostei menos dos jornalistas republicanos. Que só ma faziam lembrar os que entoaram louvores à Lady Dy, quando se estava mesmo a ver que era a Rainha que tinha razão naquela altura. Como depois seria consensual.