Mais de 100 mortes por afogamento foram registadas desde janeiro deste ano, um novo máximo nos últimos cinco anos, com o mês de agosto a somar 23 óbitos, segundo os dados da Federação Portuguesa de Nadadores-Salvadores.
Alexandre Tadeia esclareceu ainda que pode atribuir-se o aumento das mortes registadas com a “falta de cultura das pessoas na relação com o meio aquático”. E acrescentou que “as pessoas não sabem identificar os riscos, não sabem o que é um agueiro, os perigos das ondas, que um corpo flutua menos em água doce. Nada disto é ensinado nas escolas e deveria. E, por outro, o período pós-pandemia levou a uma maior procura [das zonas balneares]”, frisou.
Segundo o responsável, o padrão de mortes por afogamento em meio aquático tem vindo a manter-se ao longo dos últimos cinco anos: “são mais homens, mais no distrito do Porto e mais no interior”.
Comparando com períodos homólogos desde 2017, altura em que o Observatório do Afogamento começou a fazer os registos, o valor de 111 mortes representa um aumento significativo face ao anterior máximo de 87 mortes ocorridas em 2017.
A maioria das mortes em meio aquático este ano aconteceu no mar (42) e no rio (40), sendo que apenas oito mortes ocorreram em zonas vigiadas e a maioria por desrespeito às indicações de segurança.