Política externa não vai melhorar

Os diplomatas brasileiros, os mais qualificados nas carreiras públicas, estão preocupados com o futuro da política externa. O Brasil desde o Império gozou de prestígio internacional, o que veio a ser interrompido nos anos PT e agora, com Bolsonaro, não vive um bom momento nas relações internacionais.

por Aristóteles Drummond

O atual Presidente fabricou embates com chefes de Estado, como Macron, da França, em diversas ocasiões, inclusive numa infeliz alusão à suposta feiura da primeira-dama francesa. A China, maior parceira comercial do Brasil, foi alvo de críticas e ironias, provocando protestos diplomáticos. A ligação apaixonada por Donald Trump levou o Brasil a ser o último país a reconhecer a vitória de Joe Biden. Nem o presidente de Portugal escapou de suas gafes. Na guerra da Ucrânia, tem posição dúbia pelas boas relações com Putin. Nos funerais da Rainha Isabel II, quando o casal se apresentou bem, estragou o efeito da viagem ao fazer um discurso na varanda da embaixada em Londres, para adeptos.  E na ONU fez discurso sobre seu governo e nem uma palavra sobre guerra, inflação, temas do momento.

Lula da Silva, por seu lado, não esconde suas simpatias pelos regimes bolivarianos no continente, hostis aos EUA, e simpatias com Putin. O ex-chanceler Celso Amorim, que sempre foi marxista, deve voltar ao cargo ou ser relevante na política externa. No que toca a Portugal, seu mais próximo é José Sócrates, a quem já teria prometido abrigo no Brasil, caso necessário.

 

VARIEDADES

• A final da Copa Brasil sendo disputada pelos dois clubes de maior torcida do Brasil: Flamengo, do Rio, Corinthians, de São Paulo.

• Comandada por Renata Lima, uma das mais conceituadas curadoras de arte do Brasil, a Bordallo Pinheiro fez sucesso na ArtRio, realizada na bela Marina da Glória, no Rio de Janeiro. Trabalhos de artistas brasileiros como Maria Klabin e Tunga estão no portfólio da empresa, hoje muito presente no país.

• A uma semana da eleição, a guerra é de sondagens. Mas Lula da Silva parece manter a dianteira real. Bolsonaro foi ao velório da Rainha Elizabeth II e depois à reunião da ONU. A renovação do Parlamento, entretanto, aponta que as esquerdas coligadas a Lula não devem chegar a um terço das cadeiras em disputa.

• O Grupo Osborne, de Espanha, está produzindo conhaque na Bahia associado a duas vinícolas do sul do Brasil. Garantem a qualidade do Fundador, fabricado na Espanha.

• Depois de uma temporada seca, com reflexos na agricultura e na geração hidroelétrica, o país vive uma boa fase, chovendo em todo o país. A previsão é que os reservatórios nos próximos seis meses fiquem em torno de 70% na média. São Paulo é que precisa ampliar a captação para seu reservatório da Cantareira, que abastece a cidade. Está em 50%. Maior geração  nas usinas hidrelétricas favorece os custos  para todos .

• Com os investimentos na energia solar e eólica, mais o uso do gás natural, o custo da energia deve ficar mais estável nos próximos anos. A EDP anunciou investimento de 40 milhões de euros na solar no Espírito Santo, onde já tem a distribuidora local.

• O comediante e cantor Tiririca disputa seu quarto mandato de deputado federal por São Paulo. Sempre entre os mais votados, mantém uma longa disputa com Roberto Carlos, pois faz seu jingle de campanha com base numa música do Rei.  A esquerda tenta eleger no Rio a ex-senadora do PT e PSOL, Heloisa Helena, que foi vereadora em Alagoas, e não conseguiu renovar o mandato. E em São Paulo, a sra. Rosagela Moro, mulher do ex-juiza, tenta uma cadeira na Câmara  com poucas chances.

Ela seria a mentora dos equívocos cometidos pelo marido desde que renunciou a 22 anos de carreira para ser ministro da Justiça, onde saiu brigado com o Presidente.

Rio de Janeiro, setembro de 2022