Paris Hilton quebrou silêncio sobre o seu tempo no colégio interno Provo Canyon, no estado norte-americano do Utah, ao revelar que ela e outras alunas foram vítimas de abusos sexuais pelos membros da escola.
Ao contrário do que acontece diariamente, a socialite desvendou um capítulo da sua vida que estava bem guardado numa entrevista para o jornal The New York Times, que escreveu um artigo multimédia para sensibilizar o público sobre o fraco apoio aos jovens que sofrem de doenças mentais e que são enviados para determinadas instituições.
“Por volta das 3 ou 4 da manhã, eles levam-nos para uma sala onde nos faziam exames médicos, mas nem sequer estava presente algum médico. Era um conjunto de membros do colégio que nos punham em cima da mesa e metiam os dedos dentro de nós”, contou Paris Hilton.
À medida que se emocionava com aquilo que contava, a empresária disse que “foi realmente assustador” e que tinha bloqueado estas terríveis vivências “durante muitos anos” da sua mente.
"Mas agora está sempre a voltar e eu penso nisso. Olhando para trás já em adulta, percebo que aquilo foi definitivamente um abuso sexual", afirmou no final do vídeo anexado na reportagem.
A socialite partilhou o artigo na rede social Twitter e contextualizou a sua participação com mais detalhes da sua história: “A dormir e fortemente medicada, não percebi o que estava a acontecer. Fui obrigada a deitar-me sobre uma mesa acolchoada, abrir as pernas e submeter-me a exames cervicais. Chorava enquanto me abraçavam e dizia para pararem. Apenas respondiam: ‘Fica calada’”.
Paris disse que este é um momento importante para se curar e ajudar outros a por um ponto final nos abusos a que são sujeitos. “A minha infância foi-me roubada e isso mata-me, isto ainda está a acontecer a outras crianças inocentes”, assinalou.
Hilton foi enviada aos 16 anos para o colégio interno Provo Canyon pelos pais, devido ao seu comportamento rebelde. Esteve durante 11 meses naquele lugar. No documento “The Is Paris”, a socialite e DJ falou em primeira pessoa sobre a experiência que viveu, descrevendo-a como uma prisão, um lugar onde era “torturada constantemente”.