O anti-clericalismo e anti-catolicismo de alguns jornais parece-me excessivo, nesta polémica do PR, por causa do aviso aos bispos das investigações por abusos sexuais.
Muito bem: os abusos são gravíssimos, sobretudo na Igreja. Mas o tal bispo nem sequer é investigado por abusos, mas por os ter encoberto, quando era essa a política da Igreja. Mal, mas mais fácil para os não católicos dizer mal.
A Igreja Católica distingue-se sobretudo pela obediência às hierarquias. E já aqui o disse que certos Papas (os anteriores a Bento XVI), embora combatendo os abusos internamente, queriam deixar as questões da Igreja dentro da Igreja, e não apresentavam delas queixas às autoridades de fora.
De qualquer modo, querer transformar maia de 400 testemunhos de suspeitas em casos, quando os casos que havia comprovados pela Comissão Independente eram de cerca de 20 e tal, e cada caso terá mais do que um testemunho de suspeitas, parece demasiado ínvio, com o único propósito de atacar um PR católico. E até admito que cada testemunho represente muito mais casos.
Mas são realmente poucos para o País. E eu que andei em colégios de padres, não me lembro de casos.