O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, esteve presente e discursou, esta sexta-feira, na 27.ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas COP27, que está a decorrer em Sharm El Sheikh, no Egipto, até ao dia 18 de novembro, alertando que o mundo está «num momento fundamental» na luta contra a crise climática.
«A Organização Meteorológica Mundial informou que os últimos oito anos foram os mais quentes da história. Nos Estados Unidos, vimos uma seca histórica e incêndios na Costa Leste, e tempestades devastadoras na Costa Oeste. No continente africano, vimos uma seca intensa no Corno de África, enquanto milhares de pessoas morreram na Nigéria devido a inundações», recordou o Presidente, que não esteve presente no início do evento devido às eleições intercalares do seu país. «A crise climática é sobre segurança humana, segurança nacional e o próprio destino do planeta», acrescentou.
Biden abordou as diferentes medidas que os Estados Unidos estão a adotar para combater o aquecimento global, nomeadamente, a reentrada no Acordo de Paris sobre alterações climáticas, pedindo desculpa por terem abandonado o acordo, assim como outras medidas adotadas pelo país.
«Neste verão o congresso dos Estados Unidos aprovou a maior e mais importante lei climática da história do nosso país, a lei de redução da inflação», começou por explicar. «Isso desencadeará uma nova era de energia limpa e crescimento económico», prometeu Biden. «Isto vai desencadear um ciclo de inovação para melhorar o desempenho da tecnologia de energia limpa que estará disponível para nações em todo o mundo, não apenas nos Estados Unidos e irá acelerar a descarbonização para além das nossas fronteiras. Esta medida mudará o paradigma dos Estados Unidos para o resto do mundo».
Os Estados Unidos já tinham sido tópico de ‘conversa’ na COP27 depois da China ter afirmado que a superpotência deviam assumir «responsabilidades» sobre a tensão entre ambos antes de se «levantarem barreiras» para conversas sobre reconciliações.
«A responsabilidade é dos Estados Unidos. Esperamos que eles tomem a iniciativa, para eliminar as barreiras. Acho que a porta está absolutamente fechada para eles. Nós, na China, estamos a tentar abri-la», afirmou o porta-voz chinês, Xie Zhenhua, citado pelo Guardian.