Competir

Vale sempre a pena sermos diferentes e procurarmos mais informação, mais formação, mais e novas pessoas ao nosso redor. É na diversidade que surge o valor que permite pôr o pão na mesa e um sorriso na cara

Competir faz parte da natureza humana. Seja por recursos, segurança, ou connosco próprios, competição é parte da dinâmica estrutural da sociedade. Sem ela, o indivíduo não tem liberdade, nem espaço para crescer, e neste artigo irei desenvolver as minhas crenças a favor desta tese.

O Homem sente necessidade de medir a sua posição na ‘tabela classificativa’ da sociedade, e compete para se qualificar para o pódio. Os países fazem-no ao nível do desporto com os jogos olímpicos, os influencers fazem-no com os seguidores, os políticos com a popularidade e aceitação, por aí fora.

Sem a dita competição que sempre impera, Portugal seria hoje território espanhol, mouro ou visigodo, os portugueses seriam escravos das vontades de terceiros, e a democracia (e o seu usufruto) não faria parte do nosso dicionário.
Como tal, acredito profundamente que não só é crucial competir, como competir bem. Competir bem é, primeiramente, conhecer os nossos pontos fortes e fracos, saber por onde pode a nossa estratégia correr bem ou enfrentar desafios, e mitigar os nossos riscos com estratégias suplementares. 

Em segundo lugar, competir implica situar a nossa ação num contexto favorável à nossa parte. Um dos fatores que julgo ser mais importante considerar é o mercado em que estamos inseridos.

Num novo mercado, onde há muita procura por um serviço, produto ou competência, podemos aventurar-nos com mais risco, pois é mais rápido e fácil atingir-se resultados. Num mercado maduro, inundado de outras partes, tende a ser menos abundante a oportunidade para o sucesso. No entanto, existe sempre espaço para a qualidade, e é aqui que destaco a importância da diferenciação.

Num mercado maduro onde operam empresas, tipicamente quando as empresas que aí atuam fazem lucro e são bem sucedidas, outras empresas tendem a entrar no mercado para captar esse valor, até ao ponto em que já são demasiadas empresas e partes envolvidas para as necessidades dos clientes. Nesse momento iniciam-se as perdas, e as empresas que não se destacaram são anexadas ou extintas. É aí o momento chave de entrada: entrar num ‘mercado’ com fatores que se destaquem é crítico para entrar e manter os dois pés no lucro.

O mesmo se aplica a todos os outros espaços que navegamos diariamente. Na minha opinião, competir hoje no mercado de trabalho não é necessariamente fácil, mas é seguramente simples. Julgo ser dessa forma hoje pelo facto de os clientes exigirem, seja qual for o serviço ou produto, um elevado padrão de qualidade. Como consequência, quando um qualquer indivíduo tem um aspeto que o diferencia e destaca pela positiva, o valor acrescentado é natural e resulta num provável retorno, sempre que bem aplicado na sua área.

Vale sempre a pena sermos diferentes e procurarmos mais informação, mais formação, mais e novas pessoas ao nosso redor. É na diversidade que surge o valor que permite pôr o pão na mesa e um sorriso na cara. Competir, com ética, honestidade e ferocidade, armadas com os aspetos que nos diferenciam dos demais, é absolutamente chave no seu sucesso na vida.