‘Poção mágica’ para a festa do Mundial

Um estudo em cinco países europeus indica que os adeptos vão viver intensamente o Mundial… em casa, com a família e amigos, e não desligam da corrente se a sua seleção for eliminada.

por João Sena

De todos os fenómenos desportivos, o futebol é aquele que move mais pessoas e tem a capacidade de mudar rotinas só para assistir a um jogo. O Campeonato do Mundo do Qatar, que começa amanhã, tem 64 jogos e muito para contar e viver. Um estudo  realizado pela TCL Electronics Europe, em parceria com a Consumer Science & Analytics, aferiu a forma como os adeptos vão acompanhar esta competição. O inquérito foi realizado na última semana de outubro, e tem amostras representativas de adeptos de França, Reino Unido, Alemanha, Polónia e Espanha. Foram recolhidos 1005 questionários em cada um dos países, e os resultados foram ajustados para refletir a população global de cada país. Segundo este estudo, as principais motivações para assistir ao Mundial são o desejo de apoiar a equipa nacional (50%) e a paixão pelo desporto (35%).

A esmagadora maioria (83%) mantém-se firme mesmo que a sua seleção seja eliminada, sentimento esse que tem maior expressão na Polónia (88%). Ao invés, os alemães (19%) e franceses (17%) são mais suscetíveis a perder o interesse pela competição, caso a sua equipa seja eliminada. A paixão partilhada pelo futebol leva a que os adeptos se juntem para assistir aos jogos. Grande parte dos inquiridos (85%) pensa ver o Mundial acompanhado de outra pessoa, que pode ser o(a) parceiro(a) (43%), família (40%) ou amigos (39%). A maioria (86%) pensa assistir aos jogos através da televisão, e uma parte significativa (60 %) considera a possibilidade de ver num dispositivo móvel. Mas há diferenças na forma como o fazem, que se prendem com hábitos culturais. Cerca de 30% dos britânicos e 28% dos espanhóis vão acompanhar os jogos num bar ou pub, enquanto 35% dos alemães e 34% dos franceses pensam fazê-lo em casa.

Quando se trata de previsões, os espanhóis estão muito otimistas.

Mais de metade (51%) classifica as suas hipóteses de ganhar o Mundial com 7 ou mais, numa escala de 1 a 10. Em sentido oposto, os britânicos (73%), franceses (66%), alemães (66%) e polacos (61%) revelam menor confiança e classificam as suas hipóteses de ganhar o troféu entre 1 e 6, seguindo a mesma escala.

É interessante verificar que os grandes eventos desportivos funcionam como condutor para os consumidores adquirirem novas tecnologias e desfrutarem plenamente dos jogos. Quase metade dos inquiridos (48%) mostrou-se interessada em investir em novos produtos com ecrãs de maior dimensão e melhor qualidade de imagem, os franceses estavam mais preocupados com o design (41%) e os espanhóis deram prioridade à conetividade e às funções inteligentes (42%). Portugal não fez parte deste estudo, mas está em linha com os outros países no que diz respeito à aquisição de novas tecnologias. A venda de televisores subiu 35% no último mês, acompanhada de um aumento médio dos preços de 10%, revela uma análise do comparador de preços KuantoKusta.