Um fenómeno chamado Taylor Swift

Teve contacto com a música desde cedo graças à paixão que a sua família nutria pelo country. Das atuações em pequenos palcos, rapidamente o seu nome passou a ser conhecido por todo o mundo. Taylor Swift está a bater recordes com o seu novo álbum e esta semana foi a artista que mais prémios arrecadou na MTV Europa.

Acredita que devemos dizer aquilo que estamos a sentir no momento em que o sentimos. Defende o conhecido, mas verdadeiro cliché de que podemos fazer duas coisas com a dor: deixá-la destruir-nos ou fazer com que esta nos torne mais fortes. Da mesma forma, reconhece que as palavras podem partir um coração. Porém, «também são boas para sará-lo». Talvez seja por isso que se tenha dedicado desde cedo à composição e, hoje, seja considerada uma das artistas mais completas de uma geração. Nas últimas semanas, Taylor Swift, a cantora que diz em várias entrevistas que as pessoas tendem a jogar pedras nas coisas que brilham, tem batido recordes e há já quem fale da «artista do século».

Atualmente com 32 anos, foi a cantora mais nova a assinar contrato com a Sony Music e, recentemente, com o seu álbum ‘Midnights’, lançado em outubro, tornou-se a artista feminina mais ouvida deste ano na plataforma Spotify. 

Segundo a CNN, em menos de três semanas, na plataforma de streaming, o novo álbum contou com mais de 1,3 mil milhões de streams. ‘Anti-hero’ e ‘Lavander Haze’ tornaram-se, respetivamente, as terceiras e quartas músicas mais ouvidas em 24 horas da história do Spotify. Taylor Swift tornou-se assim a primeira artista a ocupar sozinha todo o top 10 norte-americano só com músicas daquele que é o seu 10.º álbum de estúdio, e estreou-se no topo da tabela de álbuns principais da Billboard com o maior êxito de lançamento desde ‘25’, de Adele, em 2015. 

Além disso, na gala que decorreu no domingo, em Düsseldorf, na Alemanha, foi a artista que mais prémios arrecadou na MTV Europa, tendo como concorrência Adele, Beyoncé, Harry Styles, Rosalía e Nicki Minaj. Arrecadou os troféus de Melhor Artista, Melhor Videoclip, Melhor Pop e Melhor Vídeo de Longa Duração.

Ao receber o EMA de Best Video por All Too Hell (10 Minute Version) (Taylor’s Version), a norte-americana confessou que espera reencontrar-se com os seguidores durante a digressão que se avizinha: «Mal posso esperar para vos ver na digressão. Adoro-vos tanto», disse aos fãs europeus. Os seus fãs acreditam que esta é a confirmação de que estão a ser preparados concertos na Europa – para já, a artista apenas anunciou a The Eras Tour nos EUA.

De acordo com a própria artista, ‘Midnights’ aborda «as histórias de 13 noites em que ficou sem dormir ao longo da vida»: «Ficamos acordados por amor e por medo, porque estamos ansiosos e choramos. Olhamos para as paredes e bebemos até que nos respondam. Torcemo-nos nas gaiolas que construímos e rezamos para não estarmos – nesse minuto – prestes a cometer algum erro fatal que altere a nossa vida», detalhou.

A ascensão da estrela 
Taylor Alison Swift nasceu numa pequena cidade no estado da Pensilvânia, EUA. Com 11 anos ficou obcecada com a música das maiores artistas do mundo country, como Shania Twain e as Dixie Chicks, e aos 12 atuou pela primeira vez para uma grande plateia, cantando o hino nacional americano num jogo de basquetebol. Foi também com essa idade que escreveu a sua primeira música, ‘Lucky You’ e aprendeu a tocar viola. Nessa altura, tinha o quarto no sótão para não acordar a casa ao tocar de madrugada.

Depois de ver um documentário sobre a cantora norte-americana Faith Hill convenceu os pais de que tinha de ir para Nashville, no Tennessee. E foi lá que começou a sua carreira, tornando-se cantora de música country, assinando um contrato com a Sony/ATV Music Publishing. Um ano depois, a sua apresentação num café em Nashville chamou a atenção de Scott Borchetta, um antigo executivo da Universal Music que se preparava para lançar a sua editora, a Big Machine Records. A artista assinou contrato e, aos 16 anos, lançou o seu primeiro disco, intitulado ‘Taylor Swift’.

Seguiram-se outros nove álbuns que, até hoje, a têm aproximado dos fãs por cantar honestamente os seus desamores.