Uma megaoperação da Polícia Judiciária (PJ) no Alentejo levou à detenção de 40 pessoas, esta quarta-feira, por suspeitas de escravizarem centenas de imigrantes em campos agrícolas.
Além de tráfico de seres humanos, estão em causa também crimes de associação criminosa e branqueamento de capitais.
Segundo as autoridades, as vítimas eram atraídas com a promessa de melhores condições de vida e de trabalho em Portugal.
“A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional Contraterrorismo, levou a cabo no dia de hoje, no âmbito de inquérito titulado pelo DIAP de Lisboa, uma vasta operação policial envolvendo cerca de quatrocentos operacionais, em várias cidades e freguesias da região do Baixo Alentejo, tendo procedido ao cumprimento de sessenta e cinco mandados de busca domiciliária e não domiciliária”, lê-se no comunicado da PJ.
Os suspeitos têm idades entre os 22 e os 58 anos e são de nacionalidade estrangeira e portuguesa.
“Os suspeitos, integram uma estrutura criminosa dedicada à exploração do trabalho de cidadãos imigrantes, na sua maioria, aliciados nos seus países de origem, tais como, Roménia, Moldávia, Índia, Senegal, Paquistão, Marrocos, Argélia, entre outros, para virem trabalhar em explorações agrícolas naquela região do nosso país”, informam ainda as autoridades.
Além da detenção, a ação policial, resultou na apreensão de vários elementos probatórios, bem como na identificação de dezenas de vítimas.