Vários órgãos de comunicação social internacionais que ajudaram o fundador do WiliLeaks, Julian Assange, a publicar telegramas diplomáticos, pediram hoje aos Estados Unidos que abandone o processo judicial por atentar contra a liberdade de imprensa.
O pedido foi divulgado numa carta publicada de vários meios de comunicação que há 12 anos colaboraram para divulgar extratos de 250.000 documentos comprometedores para a administração dos EUA.
Os documentos foram obtidos pelo jornalista australiano, num escândalo que começou depois de os dados terem sido obtidos pelo então soldado norte-americano Bradley Manning, conhecido hoje como Chelsea Elizabeth Manning.
Os diretores dos meios de comunicação que divulgaram essas revelações confidenciais de Washington estão agora unidos numa oposição aos planos da Justiça norte-americana de indiciar Julian Assange sob legislação destinada a processar espiões da Primeira Guerra Mundial.
Na carta que considera o julgamento de Assange um “ataque direto à liberdade de imprensa”, pode ler-se “publicar não é crime”.
Assange está detido na prisão de segurança máxima britânica de Belmarsh, no sul de Londres, desde que foi preso na embaixada do Equador na capital britânica, em 2019, onde morou como refugiado durante sete anos.