De acordo com informação apurada pelo i no Portal do SNS, os doentes urgentes aguardavam 3h39 (19 pessoas com pulseira amarela pelas 19h) na terça-feira, no Hospital de Santa Maria, enquanto esse tempo chegava a 14 horas no dia anterior.
No entanto, os tempos de espera não constituem o único problema. Além deste, as urgências de pediatria representam outro que tem preocupado tanto os dirigentes, como os profissionais de saúde e os doentes. “Não adianta os conselhos de administração fingirem que têm escalas completas quando sabemos que muitos colegas fazem centenas de horas mensais e põem em perigo não só a segurança das pessoas, mas também a sua própria sanidade. Ninguém controla isto”, disse Jorge Roque da Cunha, do Sindicato Independente dos Médicos, ao i, sendo que este órgão divulgou um comunicado intitulado de ‘Hospital de Portimão e o silêncio da IGAS’ onde é possível ler que “não só muitas escalas de Serviço de Urgência de Pediatria incluem cada vez menos médicos Especialistas em Pediatria, como agora até incluem médicos sem autorização para exercer essa especialidade em Portugal, como é o caso de Portimão.
Também a Sul, os presidentes das Câmaras Municipais de Palmela, Sesimbra e Setúbal decidiram que vão pedir uma reunião urgente ao ministro da Saúde devido ao encerramento, por uma semana, da Urgência Pediátrica do Hospital de São Bernardo, em Setúbal, como anunciaram esta terça-feira. André Martins (Setúbal), Francisco Jesus (Sesimbra) e Álvaro Amaro (Palmela) “exigem que o Governo encontre, com a máxima urgência, as soluções que se impõem para que os utentes destes estabelecimentos de saúde possam ter acesso aos cuidados a que têm direito”.