por Luís Botelho de Moraes Sarmento
Diplomado em Business Admninistration pelo IESE – Universidade de Barcelona
Empresário
O Presidente MRS vai terminar o seu segundo mandato como o pior Presidente da Républica que já tivemos, inclusive atrás do Almirante Américo Tomás,“ o Corta-Fitas”. MRS desprestigia o cargo de Presidente da Républica e transforma-se mais num inquilino do Big Brother do que um residente em Belém. Antes tivesse a orientá-lo uma Cristina Ferreira, bonita, com raça e graça, (e mais não posso dizer da Querida Cristina, senão o PS e BE processam-me por assédio e machismo), do que um Primeiro-Ministro ilusionista, embusteiro e incompetente , que estaria melhor atrás de um balcão de uma qualquer loja dos 300, a vender falsas promessas, do que no prestigioso Palácio de S. Bento, habituado a acolher estadistas que honram e engradecem o Pais, salvo raras excepções, como o foi José Sócrates, aliás mentor e guru de Costa e com o qual este foi durante longos anos seu Ministro e amigo.
MRS ampara as golpadas de Costa, esquecendo-se qual foi a sua base eleitoral e quem o levou a caminho de Belém (não foram os três Reis Magos…) e Costa apoia-se na ânsia e necessidade doentia do protagonismo oco e vazio de MRS, como se de uma moeda com cara e coroa se tratasse. O problema é que nenhum dos dois tem cara, e muito menos coroa …. O Costa do Bazar, devia fazer jus e seguir o exemplo de seu parente Alfredo Nobre da Costa, que foi primeiro-ministro já no pós 25/4, e foi sempre tido como um homem sério, competente e justo, assim como MRS devia honrar a memória de seu Pai, um ministro do Estado Novo, sempre tido como homem de honra, digno e respeitável. Mas infelizmente para os portugueses, nem sempre as probabilidades cromossomáticas acertam… O politicamente correcto e o oportunismo destes irmãos Dalton, levaram o País ao descrédito internacional, à desconfiança dos mercados financeiros, às mentiras sem retorno, às verdades adiadas, à risota dos inimigos e ao choro dos mais necessitados, a maior fatia da população portuguesa. Vamos ser ultrapassados em temos de PIB / per capita, pela Roménia, mas o Sr. Feliz e o Sr. Contente, além de desvalorizarem a situação, continuam a afirmar (mentir, para chamar os bois pelos nomes), que Portugal é o Pais das Maravilhas e do Pai Natal, um elo dourado para se viver e investir, o país que mais cresce na Europa, e, espante-se, que somos um exemplo para todo o Mundo… em Direitos Humanos.
Nem vale a pena contestar e argumentar, porque contra factos não há argumentos, mas quando MRS faz estas últimas declarações, a criticar o Qatar, pela ausência de Direitos Humanos, veio a publico o desmantelamento de mais uma rede de escravatura humana em Portugal. E Sr. Presidente, o que dizer disto ? O que dizer dos migrantes de Odemira, que seguem a viver em escravatura humana, depois de lhes prometer condições humanas há dois anos ? Das vítimas de Pedrogão, que continuam a viver em situações degradantes e de penúria ? Dos sem-abrigos que prometeu erradicá-los das ruas até final do seu primeiro mandato? E vê-lo agora a falar sobre Direitos Humanos no Qatar dá vontade de rir …ou chorar ! Acho que à sua conferencia “internacional”, foram mais as Obrigações Humanas, de vinte tristes que o foram ouvir por incumbência, estando-se nas tintas para os seus “Direitos” Humanos e para a mensagem que porventura não conseguiu passar. Não esquecer, e registar, a triste figura dos ditos inevitáveis assistentes da primeira fila, estarem todos a dormir, durante a sua eloquente oratória. Deve ter sido interessantíssima …, mas ridícula foi de certeza !
O Mundo tremeu com as suas declarações, a ONU reuniu de urgência o Conselho de Segurança, a Rússia começou a retirar-se da Ucrânia, o preço do crude estabilizou e a China deixou de ter pretensões sobre Taiwan. E assim evitou um conflicto diplomático à escala mundial. É obra ! O Presidente MRS que podia e devia terminar a sua Presidência, como tendo sido um Presidente exemplar (à semelhança do Prof. Cavaco Silva ou do General Ramalho Eanes) assim como um brilhante Professor de Direito, perde todos os seus activos, pelo seu populismo, a sua incontinência verbal, a sua leviandade intelectual e o comentar sobre tudo e nada, desde futebol, à culinária, do berlinde à costura e às corridas de caricas. Pedro Passos Coelho classificou-o cirúrgica e oportunamente de Cata-Vento. Actualmente MRS fala e ninguém o respeita, ouve ou liga ao que diz, mas a História encarregar-se-á de fazer justiça ao seu mandato. Daqui a uma geração os portugueses só dirão de MRS, que Portugal teve um Presidente que era um Tiririca! E mais nada do que foi nesta vida, será evocado ou lembrado … Nunca se esqueça disto ! Mas no meio de tudo isto, a maior parte das suas afirmações são falsas e inexatas porque MRS quer fazer a História à sua maneira , quando a História não é unipessoal nem se transforma. Isto a propósito das afirmações que fez no 1º de Dezembro em que disparou a ver se pegava (para tentar encurralar o Chega) que D. João IV havia dado o foro de cavaleiro-fidalgo ao cigano Jerónimo da Costa pelos seus brilhantes serviços nas batalhas contra Castela.
MRS nem se deu ao trabalho de confirmar o que disse, disparou a ver se pegava, numa irreflexão intelectual, a que infelizmente, já nos habituámos. Não contente com as falsas afirmações proferidas, vem logo de seguida a euro-oportunista, bufa do regime, urbano-depressiva, inculta e obtusa trotskista, Ana Gomes, sem qualquer conhecimento de causa, bolsar mais asneiras e falsidades sobre este assunto, no seu programa dominical da SIC. Tudo isto em nome do populismo barato, do racismo, da inclusão e de tantas Por Luis Botelho de Vasconcelos outras lérias e bandeiras ridículas que a esquerda gosta de apregoar e sentir uma superioridade moral, que não é mais que um complexo de inferioridade que têm. Ora voltando às declarações de MRS no 1º Dezembro, o que se passou, foi precisamente o contrário. Apesar de haver uma petição para D. João IV fazer Cavaleiro-Fidalgo a Jerónimo de Costa e seus filhos, o Rei recusou e anos mais tarde publica um Decreto a arrasar a comunidade cigana, que já tinha os mesmos defeitos e vícios que hoje tem. Ao pé deste Decreto de D. João IV, o Chega, não passa de uma legião de meninos de coro. MRS devia aprender a contextualizar a nossa orgulhosa e única História de Portugal. Num estudo de 2016 com o título de O ESTIGMA DA IMPUREZA DOS CIGANOS E OS MODELOS DE DISCRIMINAÇÃO NO MUNDO PORTUGUÊS, por Natally Chris da Rocha Menini, Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, pode ler-se :
……. Outro caso interessante esteve presente no discurso de Tomé Pinheiro da Veiga, procurador da Coroa, que em 1646 se pronunciou em defesa dos descendentes de Jerónimo da Costa, um soldado cigano que combateu nas tropas bragantinas nas fronteiras do Alentejo e que veio a falecer em 1644, na batalha do Campo do Montijo “morto com muitas feridas, pelejando sempre muito esforçadamente”. Como retribuição pelos serviços prestados, a esposa de Jerónimo e os seus filhos obtiveram a permissão do monarca D. João para morarem no reino de Portugal, desde que o seu filho homem iniciasse como oficial mecânico………………………………..
……. Contrariando-se ao despacho, Tomé Pinheiro da Veiga argumentou que os serviços prestados por Jerónimo da Costa eram merecedores de que a sua família herdasse os soldos e de que o seu filho homem fosse feito cavaleiro fidalgo, defendendo ainda que “nunca tenham os seus descendentes ofícios mecânicos e sirvam sempre na guerra e milícia nos postos de soldado e presídios.” Mas, embora a defesa do procurador da Coroa, o monarca optou por manter o despacho, negando qualquer possibilidade de obtenção de títulos aos descendentes do soldado cigano…………………………………………………………………………………………………………..
Uns anos mais tarde D. João IV, por Alvará de 5 de fevereiro de 1649, decreta :
————– Eu El Rey faço saber aos que este alvará virem que por se ter entendido o grande prejuízo e inquietação que se padece no Reino com uma gente vagabunda que com o nome de ciganos andam em quadrilhas vivendo de roubos enganos e embustes contra o serviço de Deus e meu, demais das ordenações do Reino, por muitas leis e provisões se procurou extinguir este nome e modo de gente vadia de ciganos com prisões e penas de açoites, degredos e galés, sem Por Luis Botelho de Vasconcelos acabar de conseguir; e ultimamente querendo eu desterrar de todo o modo de vida e memória desta gente vadia, sem assento, nem foro, nem Paroquia, sem vivenda própria, nem oficio, mandei que em todo Reino fossem presos e trazidos a esta cidade ————————————–.
Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, Maço 3, Caixa 28, no 119 – Sobre Francisco de Almeida, cigano. Revista Ars Histórica, ISSN 2178-244X, no13, Jul /Dez 2016, p. 78-92
Perante tudo isto só posso dizer e dar voz a milhões de portugueses : ¿PORQUE NO TE CALLAS, PRESIDENTE ?