por Carlos Chaves
Major-general reformado
Considerando a realidade e atendendo às circunstâncias, analisadas as capacidades e ponderadas as possibilidades, consideramos oportuno e essencial que, Portugal e os portugueses, reflitam e saiam do atoleiro ‘democrático’ em que estamos envolvidos.
Defendo, em concreto, que se promovam alguns acertos no nosso Sistema de Segurança e Defesa Nacional.
Nos últimos anos alguns avanços foram realizados, com base na Reforma Defesa 2020 do Governo de Passos Coelho que, em boa hora e com acerto, os Governos de António Costa não reverteram e, antes pelo contrário, em alguns aspetos, com evidência, deram continuidade.
Contudo, considerando a situação e a realidade internacional, que também muito nos afeta, julgo que devemos ter a lucidez e a coragem de avançarmos na direção que nos garanta que o nosso posicionamento se faz com acerto dos interesses nacionais e de acordo, essencialmente, com as nossas capacidades e possibilidades, no quadro socioeconómico em que estamos envolvidos.
Assim, defendemos, a análise e reflexão nos seguintes domínios:
– Necessidade de uma vez por todas, se ‘edificar’ um verdadeiro Ministério de Defesa Nacional nas suas duas vertentes: de Defesa Militar e de Defesa Civil, Proteção e Socorro;
– De dispormos, de forma integrada, de efetivas leis de programação nos domínios das infraestruturas e equipamentos, dos materiais e da tecnologia;
– De encontrarmos, de forma realista e sustentada, Orçamentos de e para a Defesa Nacional (integrada) ajustados e projetados para um mínimo de cinco anos
– De dispormos de um sistema de ‘captura’, formação, treino, gestão e desenvolvimento de carreiras dos recursos humanos, de forma integrada e cooperativa, em todas as instituições da Defesa Nacional e seu reflexo na Administração do Estado;
– Que impere na Segurança e Defesa Nacional o sentimento da racionalidade, privilegiando a cooperação, a integração, a complementaridade, o profissionalismo, a dedicação e o patriotismo.
Para adequada decisão, que se deseja breve, exigem-se rápidos e consequentes estudos e propostas, com exclusão de corporativismos, de conceções retrógradas, deslocadas na forma e no tempo e que sejam consentâneas com a realidade envolvente, mas principalmente enunciadas com determinação e coragem.
Eis o nosso Programa de Ação para o próximo ano de 2023.
Iremos procurar vontades, diversas e diversificadas, sendo nosso objetivo, com respeito pelos princípios e valores que defendemos na nossa convicção, colaborarmos, nesta fase decisiva para Portugal e para o portugueses, com disponibilidade e patriotismo.
Estes serão os nossos contributos para as anunciadas revisão do Conceito Estratégico de Defesa (com a atividade de um ‘doutorado’ grupo, que incluiu um reconhecido ‘plagiador’) e da Constituição da República (com um prenúncio do sempre conseguido ‘poucochinho’), como sempre nas páginas deste jornal semanário.
Ainda não será desta que teremos o ambicionado Conceito Estratégico Nacional, que tanto medo mete aos nossos ‘profissionais’ da política!!!!!!
Temos de vencer o marasmo, o comodismo e a indiferença.
Em Nome da VERDADE.
Por Portugal.
Pelos portugueses.