A Direção-Geral da Saúde (DGS) recomendou aos profissionais de saúde estarem atentos aos sinais e sintomas de pericardite em crianças nos primeiros 14 dias depois de terem recebido a nova vacina da Pfizer contra a covid-19.
Na norma 'Vacinação contra a covid-19: Vacina Comirnaty Original/Omicron BA.4-5 10µg/dose® – Formulação Pediátrica para 5 a 11 anos de idade', publicada no site da DGS, a autoridade recomenda que, sempre que possível, deve ser respeitado o intervalo de duas semanas em relação à administração de outras vacinas, independentemente de qual seja (aplica-se também à vacina da gripe).
A DGS sublinha que foram observados "casos muito raros" de miocardite e pericardite após a vacinação com a Cominarty, que ocorreram principalmente nos primeiros 14 dias após a vacinação, mais frequentemente apõs a toma da segunda dose, e em jovens do sexo masculino.
De acordo com a autoridade, o risco de miocardite após uma dose de reforço da nova vacina da Pfizer, concebida para combater especificamente as linhagens BA.4 e BA.5 da variante Ómicron, não foi ainda caracterizado.
A DGS apela aos profissionais de saúde para alertarem as pessoas antes da vacinação (nomeadamente pais ou cuidadores) para procurarem assitência médica imediata caso desenvolvam sintomas sugestivos de miocardite ou de pericardite após a vacinação, como dor no peito aguda e persistente, dispneia ou palpitações.
"Os dados disponíveis sugerem que o curso clínico da miocardite e da pericardite após a vacinação não é diferente da miocardite e da pericardite em geral, ou seja, tem normalmente uma evolução benigna, após repouso e/ou tratamento sintomático", lê-se no documento.