Recep Tayyip Erdogan, Presidente da Turquia, acusou esta sexta-feira a Europa de rejeitar migrantes vindos da Síria e África e, ao mesmo tempo, permitir a entrada de cidadãos turcos acusados de terrorismo.
“O efeito negativo das vagas de ódio, produto de um ponto de vista perverso dirigido aos muçulmanos, permanece na nossa vizinhança. A atitude da Grécia chegou a um ponto de brutalidade", disse o responsável turco, à margem de um congresso judicial em Istambul
Erdogan acusou a Europa de abrir as suas portas aos requerentes de asilo do ilegalizado Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), a guerrilha curda da Turquia, e da confraria do predicador exilado Fethullah Gülen. "Convertem as suas portas em muros para sírios, iraquianos e africanos, mas franqueiam a entrada aos terroristas do PKK e aos gulenistas", insistiu.
O chege de Estado turco recordou que o país solicitou a vários estados europeus a extradição de membros da confraria de Gülen, que fugiram do país após o falhanço do golpe, mas nunca obteve resposta.