Numa altura em que diversos países estão a impor diversas restrições a passageiros que estão a chegar da China, o país asiático afirmou que estas medidas são “inaceitáveis” e prometeu retaliar contra estas nações.
“Esta decisão carece de base científica e algumas práticas são inaceitáveis. Opomo-nos firmemente a quaisquer tentativas de manipulação de medidas de prevenção de epidemias com vista a atingir objetivos políticos. Adotaremos medidas compensatórias com base no princípio da reciprocidade”, afirmou a porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning, durante uma conferência de imprensa.
Entre os países que já adotaram medidas preventivas estão os Estados Unidos, Canada e Japão, insistindo que todos os viajantes apresentem um teste negativo antes de embarcarem nas suas viagens, enquanto a maioria dos Estados-membros da União Europeia também é favorável a esta medida.
A Comissão Europeia já anunciou que vai recomendar o uso de máscara em voos da China e está a ponderar a testagem obrigatória, anunciou o porta-voz Tim McPhie, que garante que preparou “um esboço”, que “está agora a ser refinado com base nas conversações com os Estados-membros”, e será “publicado em breve”.
Este inclui “a recomendação de máscara em voos provenientes da China, a monitorização da água” utilizada nas aeronaves e o aumento da “vigilância na testagem e vacinação” da população europeia.
“Queremos assegurar que os níveis de imunidade (da população dos Estados-membros da União Europeia) são os mais altos possíveis”, sublinhou McPhie.
No caso de Portugal, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, assegurou que “tudo estará preparado” para, caso seja necessário, serem adotadas medidas de controlo, nomeadamente nos aeroportos para viajantes oriundos da China.
Depois de ter abandonado as restritivas medidas zero-covid e da população chinesa tentar regressar ao seu “novo normal”, foram reportados alguns registos preocupantes, nomeadamente a sobrelotação de hospitais e morgues.
Contudo, apesar destes relatos, a China continua a apresentar números muito baixos de mortes associadas à covid-19, o que causa preocupação na comunidade internacional, uma vez que acreditam que este país pode não estar a relatar a informação correta para o exterior.