As maternidades e blocos de partos vão continuar a abrir de forma rotativa nos primeiros três meses deste ano, anunciou, esta quarta-feira, Fernando Araújo, diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Em entrevista à Renascença e à Lusa, o diretor executivo do SNS disse que o plano para os próximos três meses do ano será lançado «muito rapidamente». «Temos a reunião [de balanço do Natal e de Ano Novo] no dia 10. Espero que até dia 15, ou por aí algures, [o plano seja apresentado]. O plano está delineado. Falta só perceber se há alguma alteração a fazer», apontou, referindo-se ao plano – segunda fase de Nascer em segurança no SNS – para o funcionamento das maternidades durante a quadra festiva. A funcionarem sem interrupção estiveram 33 maternidades – 13 no Norte, sete no Centro, 10 em Lisboa e Vale do Tejo, duas no Alentejo e uma no Algarve.
O responsável afirmou ainda que o que se encontra preparado para o primeiro trimestre do ano é manter a abordagem de rotatividade, de forma a criar «previsibilidade» e ser possível «coordenar uma operação estável».
Além desta questão, em entrevista à Renascença e à agência Lusa, o diretor executivo do SNS adiantou que as maternidades e os blocos de parto vão contar com 10 milhões de euros para obras de requalificação, falando de uma «medida emblemática». «É a primeira aposta específica em blocos de parto, em requalificação, desde há muitos anos», disse o responsável àqueles órgãos de informação, esperando «melhorar a qualidade» dos serviços, assim como «aumentar o número de salas de parto para responder com dignidade à procura».
Sabe-se já que a linha de financiamento será atribuída de acordo com a apresentação de candidaturas das instituições hospitalares que disponham de blocos de parto, num processo que Fernando Araújo diz que será «célere». «Esperava muito que, até ao final do mês de janeiro, início de fevereiro, tivéssemos já essas propostas para tomarmos decisões que serão muito céleres para as executarmos até ao final do ano».
Por outro lado, serão atualizados os valores dos exames no âmbito da Procriação Medicamente Assistida (PMA) e de diagnóstico Pré Natal. Por exemplo, no caso das ecografias, o valor pago aos hospitais vai subir «entre os 200% e os 500%», afirmou Fernando Araújo. «Estamos a falar de atualizações extremamente significativas», realçou, explicando que quer atrair mais profissionais de saúde para o SNS.
«A capacidade de pagarmos melhor vai conseguir fixar médicos no SNS que podem fazer este tipo de exames em horário pós laboral. Isto vai permitir ter mais capacidade de resposta», explicitou o antigo presidente do conselho de administração do Hospital de S. João.