As Nações Unidas exigiram, esta sexta-feira, às autoridades bielorrussas a retirada das acusações contra Ales Bialiatski, o ativista e prémio Nobel da Paz, um dia após a abertura do julgamento deste por alegado contrabando.
“Estamos profundamente preocupados com o julgamento do prémio Nobel da Paz Ales Bialiatski, que começou na quinta-feira na Bielorrússia", afirmou Jeremy Laurence, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, acrescentando que o ativista pode arriscar uma pena de até 12 anos de prisão.
Mas não é o único: outros dois membros da organização não governamental (ONG) Viasna, da qual Bialiatski é fundador, também enfrentam o risco de pena de prisão, frisando organização internacional "tem sérias preocupações com os procedimentos no julgamento".
"Os três estão entre as centenas de detidos após a repressão violenta dos protestos antigovernamentais em 2020. Exigimos que as acusações contra eles sejam retiradas e que sejam imediatamente libertados", defendeu Laurence.