O Presidente do Brasil demitiu, esta quarta-feira, mais treze elementos das Forças Armadas que trabalhavam no Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Lula da Silva mostra assim a sua, ainda presente, desconfiança em relação a uma parte das Forças Armadas, tendo já demitido dezenas de militares que trabalhavam como seguranças no Palácio da Alvorada, adiantando que estava convencido da cumplicidade de uma parte das forças de segurança durante os ataques de 8 de janeiro.
O chefe de Estado brasileiro acredita que as portas do Palácio do Planalto foram abertas por dentro e anunciou que ninguém suspeito de ser 'bolsonarista' ficaria no Governo.
Apesar da desconfiança tornada pública pelo Governo de Lula e pelo Partido dos Trabalhadores, o chefe da Casa Civil, Rui Costa, nega que estas últimas demissões estejam relacionadas com esses receios.
"Não tem nada a ver com desconfiança. Mesmo nas áreas militares mudamos de militares, então é natural que nos demais assessores haja um rodízio entre as pessoas. Nos cargos militares haverá trocas para dar oportunidade a outras pessoas que tenham a capacidade técnica para o exercício desses cargos", disse.
"Não é nenhuma novidade, não tem nenhum mistério. Ou será que alguém pensou que formando o novo Governo ia manter os assessores do anterior? Não é razoável que assim seja", acrescentou.