Portugal transplantou, em 2022, mais de 800 órgãos, tendo batido um novo recorde ao realizar 76 transplantes de pulmão, adiantou esta sexta-feira o ministro da saúde.
"Em 2022 foram transplantados 814 órgãos em Portugal [dos quais] 476 são transplantes de rim. É normal que assim seja, mas nós atingimos um recorde no transplante pulmonar. Fizemos 76 transplantes de pulmão, em Portugal, e esse é mesmo o maior número de sempre nesta área específica", disse Manuel Pizarro, à margem das Jornadas Nacionais de Doação de Orgãos, que hoje decorrem em Coimbra.
Na sequência dos dois anos de pandemia devido à covid-19 (2020 e 2021), os hospitais estavam "de tal forma pressionados" que o número de transplantes reduziu um pouco, tendo 2022 sido "um ano bom para a transplantação de órgãos em Portugal".
"Somos um dos países que, em relação à população, mais transplanta no mundo", lembrou Pizarro.
O governante referiu ainda que a expectativa é de que, nos próximos anos, o número continue a aumentar, realçando que o país está a recuperar da pandemia mas ainda não atingiu os números de 2019.
"Espero que 2023 seja o ano em que vamos libertar-nos desta pandemia e recuperar plenamente a nossa capacidade de transplantação de órgãos", frisou.
O ministro da saúde disse ainda que considera necessário tornar a transplantação "mais visível", uma vez que isso irá "potenciar mais a possibilidade haver maior doação de órgãos".
"Com maior doação de órgãos, poderá haver mais transplantação de órgãos e mais transplantação de órgãos significa literalmente isto: mais vidas salvas e mais pessoas com muito melhor qualidade de vida", frisou.