O Governo francês disse esta segunda-feira que não vai ceder na idade mínima da reforma aos 64 anos.
"O nosso objetivo é voltar ao equilíbrio a partir de 2030", afirmou hoje Olivier Dussopt, ministro do Trabalho francês, em conferência de imprensa após Conselho de Ministros.
Questionado sobre se o texto poderia ser modificado em processo parlamentar, que terá início na semana que vem em comissão a 6 de janeiro no plenário da Assembleia Nacional francesa, Dussopt considerou que já foram adotadas "muitas exigências".
O ministro disse que o aumento da pensão mínima para todos os que cumpriram o período contributivo completo aumentará para 85% do salário mínimo – o equivalente a cerca de 1.200 euros por mês – e será aplicado tanto aos futuros pensionistas como aos atuais.
Questionado sobre se essas modificações poderiam alterar a idade mínima da reforma de 62 para os 64 anos, Dussopt respondeu que esta modificação irá permitir "o equilíbrio financeiro" e que "abrir mão desse ponto significaria abrir mão do equilíbrio".
Todos os sindicatos estão a protestar contra o aumento na idade da reforma e, no dia 19 de janeiro, uma jornada de greves e manifestações juntou entre um e dois milhões de pessoas nas ruas. Há já uma nova manifestação marcada para dia 31.