O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ), Luís Neves, esclareceu, esta terça-feira, que as buscas na Câmara de Lisboa visam mandatos anteriores a Fernando Medina, mas negou qualquer relação com o mandato de António Costa, avança a agência Lusa.
“Quando numa determinada investigação, em que já decorreram buscas, é necessário cirurgicamente encontrar um documento ou ir à procura dele, a PJ e o Ministério Público diligenciam", afirmou Luís Neves, adiantando que "foi isso que aconteceu na Câmara de Lisboa".
Recusando falar sobre a investigação por se tratar de "uma diligência que faz parte do segredo de justiça e do inquérito", o diretor da PJ admitiu apenas que em causa estão "factos em investigação, mais antigos até" do que o mandato de Fernando Medina naquela autarquia.
Questionado sobre se os factos remontam ao mandato do primeiro-ministro, António Costa, enquanto presidente da Câmara de Lisboa, afirmou que "não" e que "quando há suspeitas não tem que ser o mandato de A, B ou C", vincado que "há outras personagens e outros atores que podem ser suspeitos".