Os arqueólogos afirmam ter encontrado uma múmia coberta de folhas de ouro selada dentro de um sarcófago que não era aberto há 4.300 anos.
De acordo com a BBC, acredita-se que a múmia – os restos mortais de um homem chamado Hekashepes – seja um dos cadáveres “não reais” mais antigos e completos já encontrados no Egito.
Foi descoberto num poço de 15 metros num cemitério no sul do Cairo, Saqqara, onde três outras tumbas foram encontradas. Segundo a mesma publicação, uma delas pertencia a um "guardião do segredo".
A maior das múmias desenterradas na antiga necrópole pertence a um homem chamado Khnumdjedef, que era “padre, inspetor e supervisor de nobres”.
Outro pertencia a um homem chamado Meri, “um alto funcionário do palácio com o título de ‘guardião do segredo’, o que lhe permitia realizar rituais religiosos especiais”.
Relativamente à terceira descoberta, acredita-se que o corpo pertença a um juiz e escritor chamado Fetek.
Além disso, entre os túmulos foram encontrados outros objetos de cerâmica.
O arqueólogo Zahi Hawass, ex-ministro de antiguidades do Egito, afirmou à BBC, que todas as descobertas datam dos séculos 25 a 22 a.C.:
"Esta descoberta é tão importante… É como se ligasse os reis com as pessoas que vivem ao seu redor", explicou, por sua vez, Ali Abu Deshish, outro arqueólogo envolvido na escavação.
De acordo com a mesma publicação, Saqqara foi um cemitério ativo durante mais de 3 mil anos e é considerado Património Mundial da Unesco.
A descoberta ocorre apenas um dia depois de especialistas na cidade de Luxor, no sul do Egito, terem descoberto uma cidade residencial completa da era romana, que remonta aos séculos II e III d.C.
Os arqueólogos encontraram edifícios residenciais, torres e o que chamaram de "oficinas de metal" – contendo potes, ferramentas e moedas romanas.